Céline Dion
Não há como negar o fato de que Celine Dion seja um fenômeno na música pop. Na infância ela queria ser uma estrela como Michael Jackson, e ao que tudo indica, conseguiu. As suas músicas românticas e açucaradas conquistaram os corações e as vendas de milhões de discos. Alguns de seus grandes sucessos são as trilhas sonoras, especialmente as do desenho A Bela e a Fera, e do blockbuster Titanic, considerada uma das música mais executada nas rádios em todos os tempos.
Celine Marie Claudette Dion é a caçula da família Dion, a mais nova de 14 irmãos, nasceu e cresceu na pequena cidade de Carlemagne, em Québec, Canadá. Seus pais Therese e Adhemar Dion, sempre foram os seus grandes incentivadores. Foi no piano-bar dos pais, que Celine começar a cantar com apenas 5 anos de idade, aos 12, já tinha uma de suas primeiras músicas compostas em francês, uma das línguas faladas no Canadá, 'Ce N'etait Qu'um Rêve', em inglês, 'It was only a Dream'.
A pequena Céline conseguiu gravá-la com a ajuda dos pais e do irmão Michel. A fita foi enviada para o empresário Rene Angélil. O nome de René foi achado por Céline na contra capa do disco da cantora popular Ginette Reno. Depois de algumas semanas sem obter resposta, Michel ligou para René e lhe disse que se ele não ouvisse a fita, não saberia o que estava perdendo. No mesmo dia, o produtor ligou para a família Dion para marcar um encontro. Depois de ouvir a garotinha em seu escritório, ele decidiu que a transformaria numa estrela internacional, e para tanto, hipotecou a própria casa para produzir os dois primeiros discos.
Em 1983, ela já era uma cantora consagrada na Europa e no Canadá. O seu caminho de sucesso estava sendo trilhado, mas, ainda faltava conquistar os Estados Unidose a partir dele, o resto do mundo.
Aos 18 anos, Céline passou por uma verdadeira repaginação no visual. Mudou a cor e o corte dos cabelos, roupas, e até o contorno dos dentes, além de fazer aulas de inglês, para atingir seu público alvo. Agora ela era uma adulta, que abandonou o estilo adolescente. Apesar disso, nunca precisou apelar para o lado sensual, vulgar ou provocante. Foi sempre discreta. A mudança foi supervisionada por Angélil, que começava a ver sua pupila com outros olhos.
Em 1990, saiu seu primeiro disco em inglês, Unison, e com ele Dion conquistou a América. O disco fez muito sucesso, e na mesma época Celine foi escalada para cantar a trilha sonora do desenho da Disney A Bela e a Fera. A música chegou ao número um da Billboard, ganhou um Grammy e um Oscar. Foi o trampolim para seu reconhecimento internacional. A música do filme fez parte de seu segundo disco, lançado em 1992, Celine Dion, que ficou entre os dez melhores nas paradas com as canções, 'Love Can move Mountains', e 'If you Asked me To. Os primeiros discos e videoclipes tiveram forte influência do rock dos anos 80, o estilo mais adulto e romântico veio depois com o estouro da carreira.
Angélil, o empresário dedicado, (anos bem mais velho que Dion) foi promovido a namorado. O relacionamento foi mantido em segredo até 1994, quando Celine estava com 26 anos, eles se casaram. Dion dedicou a seu marido e empresário o álbum, The Color of my Love, lançado em 1993. A música 'Think twice' ficou por duas semanas como número um, e o disco permaneceu por cinco semanas no topo das paradas britânicas, feito este somente alcançado pelos Beatles. Em 1994, o álbum Falling into You, levou dois Grammy, melhor álbum do ano e melhor álbum pop, além de vender 32 milhões de cópias.
Celine voltou a gravar em francês, afinal, seus fãs europeus não podiam ficar sem sua atenção. Assim, em 1995, o álbum D'éux, que nos EUA, foi chamado de "The french álbum", foi o disco mais vendido na França em toda a carreira de Dion. Em 1996, a cantora subiu mais um degrau rumo ao Olimpo, literalmente. Foi convidada para cantar na abertura das Olimpíadas de Atlanta ao vivo para o mundo inteiro. Em 1996, 'Because you Loved me', foi trilha sonora do filme Up Close & Personal, sendo mais um sucesso absoluto.
Celine Dion, parecia estar no ápice, e conseguiu ir ainda mais além. Em 1997, foi a intérprete da canção tema do filme blockbuster de James Cameron, Titanic. A canção 'My Heart will go On', ganhou um Oscar, dentre os onze que ganhou no total. A música tocou exaustivamente nas rádios, foi número 1 na Inglaterra, EUA, e outros países onde Celine ainda não era tão conhecida. O álbum Let's talk About Love, da qual a canção faz parte, ainda contou com duetos pra lá de especiais com BeeGees, Barbra Streisand e Luciano Pavarotti. As vendas chegaram a 65 milhões de cópias, e Celine faturou mais dois Grammy para sua coleção, os de melhor vocal feminino do ano, e melhor canção do ano para 'My Heart will go On'.
Com mais de 100 milhões de discos vendidos, Dion já figurava entre os grandes ídolos femininos da música. Em 1998, participou da gravação do especial Divas Live, cantando ao lado de Aretha Franklin, Mariah Carey, Gloria Stefan e Shania Twain. Pelo jeito, nada podia parar Dion, que trabalhou incessantemente por mais de uma década seguida. Foi quando seu marido foi diagnosticado com câncer na garganta. Celine resolveu se retirar dos holofotes por um tempo, assim podia se dedicar mais à família, pois desejava engravidar.
Em janeiro de 2001, nasceu René Charles Dion Angélil, seu primeiro filho. Em 2002, ela voltou com força total ao trabalho, e lançou New Day has Come. No concerto para promover o álbum, Dion dividiu o palco com as Destiny's Child e Bryan McKnight. Os fãs não paravam de comprar o álbum, que chegou à marca de 13 milhões de unidades vendidas, e foi o número 1 em 17 países.
Apesar da adoração da maioria dos fãs por Celine Dion, havia muitas críticas, ao seu grande sucesso comercial. Alguns críticos insistiam na afirmação de que seu sucesso foi, na verdade, resultado de um trabalho de marketing e não de qualidade, e ainda, o seu casamento era dito, como sendo pouco ortodoxo, pelos mais conservadores. Diante disso, ela e Angélil, trataram de firmar a carreira. Em 2002, fechou um contrato para fazer mais de 600 apresentações no Caesers Palace de Las Vegas, no show A New Day, até 2007. O produtor é Franco Dragone, o dono e idealizador do Cirque du soleil.
Junto com os shows, Celine também estrelou comerciais da marca de carros Chrysler. Ela ainda aproveitou a turnê para divulgar seu novo disco One Heart, em 2003. Desta vez, Celine estava mais descontraída e inovou, incluindo mais faixas dançantes, com pop e rock. Novamente as vendas explodiram, 10 milhões no mundo todo. Ela só perdeu para Eminem e Shakira.
Em 2004, ela voltou a ser doce, e produziu um disco totalmente maternal, Miracle em parceria com a fotógrafa Anne Geddes, especialista em fotos de bebês e crianças. O disco repleto de músicas para embalar bebês com um encarte cheio de fotos fofas, não foi muito bem recebido pela crítica. Depois dos últimos sucessos os álbuns de Celine começaram a vender menos e suas baladas, já não dominavam as rádios. Mesmo assim em 2004, após ultrapassar 175 milhões em vendas de álbuns em todo o mundo, ela foi presenteada com o Diamond Award no World Music Awards sendo considerada pela cerimônia a melhor artista feminina de todos os tempos. De acordo com a Sony Music Entertainment, Céline Dion já vendeu mais de 200 milhões de álbuns em todo o mundo.
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