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Ação judicial acusa grupos pró-palestinos de fazerem propaganda do Hamas em Columbia

Placeholder - loading - Manifestação contra prisão de Mahmoud Khalil, do lado de fora de campus principal da Universidade de Columbia, em Nova York 14/03/2025 REUTERS/David Dee Delgado
Manifestação contra prisão de Mahmoud Khalil, do lado de fora de campus principal da Universidade de Columbia, em Nova York 14/03/2025 REUTERS/David Dee Delgado
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Por Jonathan Stempel

NOVA IORQUE (Reuters) - Organizadores e apoiadores de manifestações pró-palestinas na Universidade de Columbia foram processados nesta segunda-feira, em um tribunal federal de Manhattan, por supostamente atuarem como 'braço de propaganda' e 'empresa interna de relações públicas' do Hamas na cidade de Nova York e no campus.

A ação foi movida por nove cidadãos norte-americanos e israelenses, vítimas do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 a Israel, incluindo parentes de pessoas assassinadas ou feitas reféns, e dois filiados à universidade que relataram maus-tratos no local.

Eles acusaram os réus de, desde 2023, coordenarem seus esforços com o Hamas -- grupo que o Departamento de Estado dos EUA considera terrorista -- para promover seus ataques. Disseram ainda que alguns réus 'com base em informações e convicções' tinham conhecimento prévio do ataque.

Os réus incluem Mahmoud Khalil, que ajudou a liderar as manifestações em Columbia e foi negociador entre os administradores da universidade e a coalizão do grupo estudantil.

Outros réus incluem os grupos Within Our Lifetime-United for Palestine, Columbia Students for Justice in Palestine, Columbia-Barnard Jewish Voice for Peace e alguns de seus líderes.

'Seria ilegal para o Hamas manter diretamente uma empresa de relações públicas nos Estados Unidos ou contratar agentes para impor sua vontade nas cidades americanas', disse a queixa. 'No entanto, esses são precisamente os serviços que os (grupos réus) conscientemente fornecem ao Hamas.'

Os réus ou advogados que os representaram em litígios relacionados à Universidade de Columbia não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Os advogados de Khalil disseram que ele não tem ligações com o Hamas. A administração Trump está tentando deportar Khalil, um residente permanente legal, atualmente detido na Louisiana.

Mark Goldfeder, advogado do National Jewish Advocacy Center que representa os demandantes, disse em um e-mail que as atividades de coordenação dos réus com o Hamas eram conhecidas porque isso foi dito repetidamente.

'Não há nada de errado em ser pró-palestino, e o discurso pró-Hamas ainda é discurso protegido na maioria dos contextos', disse ele. 'A questão aqui é o apoio material e a coordenação com uma organização terrorista estrangeira designada.'

A ação civil acusa os réus de violar a lei antiterrorismo dos EUA e a lei das nações, além de buscar indenizações compensatórias, punitivas e triplas não especificadas.

O pedido foi protocolado três dias após a Universidade de Columbia concordar em mudar suas políticas em relação a manifestantes e segurança, além de iniciar uma revisão dos programas acadêmicos do Oriente Médio em vários departamentos.

As mudanças são parte de um esforço para restaurar US$400 milhões em financiamento federal que o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou da instituição, devido a alegações de que ela tolerava o antissemitismo.

(Reportagem de Jonathan Stempel em Nova York)

Escrito por Reuters

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