Acusados se declaram inocentes em caso de insider trading com empresa de Trump
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Por Jody Godoy
(Reuters) - Três pessoas se declararam inocentes nesta quinta-feira da acusação de terem usado informações privilegiadas para obter lucros, também conhecido como insider trading, antes da proposta de fusão de uma SPAC com a empresa de mídia social do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
SPAC (sigla em inglês para Special Purpose Acquisition Company) é uma companhia com propósito especial de aquisição.
Michael e Gerald Shvartsman, além de Bruce Garelick, foram acusados no mês passado de fazer operações ilegais com a Digital World Acquisition, uma SPAC, antes que ela anunciasse seu plano de se fundir com o Trump Media & Technology Group no final de 2021. A fusão, que tornaria o Trump Media uma empresa pública, ainda não ocorreu.
O juiz distrital dos EUA Lewis Liman marcou o julgamento do caso para 18 de março de 2024.
Nem Trump nem sua empresa, que opera o aplicativo Truth Social, foram acusados de irregularidades no caso.
As autoridades disseram que Garelick, que era diretor da Digital World, forneceu aos Shvartsmans o que chamou de 'inteligência' sobre as negociações de fusão.
Os réus então supostamente começaram a comprar títulos da Digital World e repassaram informações a outros, disseram os promotores, observando que eles venderam suas participações dois dias após o anúncio da fusão em 20 de outubro de 2021, quando o preço das ações da Digital World mais que quadruplicou.
Em uma ação civil relacionada, a SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA, disse que as vendas resultaram em um lucro ilegal de cerca de 18,3 milhões de dólares para Michael Shvartsman, 4,6 milhões de dólares para Gerald Shvartsman e 50 mil dólares para Garelick.
A proposta de fusão da Digital World com o Trump Media permanece incerta.
(Reportagem de Jody Godoy e Jonathan Stempel em Nova York)
Escrito por Reuters
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