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Agência de aviação dos EUA diz que reformas em cultura de segurança da Boeing podem levar anos

Placeholder - loading - Aeronave Boeing 737 MAX é montada em fábrica da empresa em Renton, no Estado norte-americano de Washington 25/06/2024 Jennifer Buchanan/Pool via REUTERS
Aeronave Boeing 737 MAX é montada em fábrica da empresa em Renton, no Estado norte-americano de Washington 25/06/2024 Jennifer Buchanan/Pool via REUTERS

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WASHINGTON (Reuters) - O diretor da agência de aviação dos Estados Unidos (FAA) disse nesta terça-feira que as melhorias na cultura de segurança da Boeing podem levar de três a cinco anos para serem concluídas.

'Não se trata de um programa de seis meses - é um programa de três a cinco anos', disse o administrador da FAA, Mike Whitaker, durante uma sessão de subcomissão da Câmara dos Representantes dos EUA.

Whitaker acrescentou que conversou com o presidente-executivo da Boeing, Kelly Ortberg, e com a diretoria da empresa sobre a necessidade de reformas na cultura de segurança e disse que a Boeing fez melhorias significativas no curto prazo. 'Em relação à cultura, trata-se de um projeto de longo prazo.... Há progresso, mas eles não estão onde precisam estar.'

O Congresso dos EUA está realizando dois dias de audiências sobre a Boeing e os esforços de melhoria da qualidade dos produtos da empresa.

Em junho, Whitaker disse que a agência estava 'muito distante' na supervisão da Boeing antes do desprendimento de um pedaço de fuselagem de um 737 MAX 9 novo operado pela Alaska Airlines e criticou auditorias anteriores. A Boeing está enfrentando investigações do Departamento de Justiça e da FAA sobre o incidente da Alaska.

Whitaker, que afirmou que a FAA aumentou permanentemente o uso de inspetores presenciais na Boeing, em janeiro impediu que a fabricante de aviões aumentasse a produção do avião mais vendido da empresa, o 737 MAX, até que a companhia realizasse melhorias de qualidade e segurança. Essa restrição, disse Whitaker nesta terça-feira, 'realmente nos dá a vantagem de que precisamos para garantir que essas mudanças aconteçam'.

Os parlamentares dos EUA expressaram frustração com a Boeing depois que centenas de pessoas morreram em quedas de aviões 737 MAX em 2018 e 2019. 'Não queremos que a Airbus fique com todos os aviões (vendas), mas a Boeing continua fazendo besteira', disse o deputado Steve Cohen. 'Para os interesses dos Estados Unidos, a Boeing precisa se organizar.'

(Por David Shepardson)

Escrito por Reuters

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