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Air New Zealand se torna 1ª grande cia aérea a abandonar meta de redução de carbono para 2030

Placeholder - loading - Airbus A320 da Air New Zealand em aeroporto de Nova Zelândia 25/6/2017 REUTERS/David Gray/Arquivo
Airbus A320 da Air New Zealand em aeroporto de Nova Zelândia 25/6/2017 REUTERS/David Gray/Arquivo

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(Reuters) - A Air New Zealand abandonou nesta terça-feira a meta de reduzir emissões de carbono até 2030, citando atrasos na entrega de aeronaves com baixo consumo de combustível e preços elevados de combustíveis verdes, movimento que sublinha a dificuldade da aviação em atingir as metas de descarbonização.

Esta é a primeira grande companhia aérea a recuar nas ambições climáticas, mas a empresa disse que está comprometida em zerar as emissões líquidas até 2050, um objetivo de todo o setor, e está trabalhando em uma nova meta de curto prazo.

A aviação é apontada como responsável por cerca de 2% das emissões mundiais, mas é considerada um dos setores mais difíceis de descarbonizar, já que o combustível para voos não pode ser facilmente substituído por outros tipos de energia.

'Muitas das alavancas necessárias para atingir a meta, incluindo a disponibilidade de novas aeronaves, a acessibilidade e disponibilidade de combustíveis alternativos para jatos e o suporte regulatório e político global e doméstico, estão fora do controle direto da companhia aérea e continuam desafiadoras', disse a companhia aérea da Nova Zelândia em comunicado.

As companhias aéreas estão apostando em Combustíveis de Aviação Sustentáveis (SAF) à base de plantas e aeronaves mais eficientes para reduzir emissões no curto prazo, mas a produção de SAF é cara e difícil de aumentar, e as fabricantes de aviões estão lutando para entregar aeronaves de nova geração no prazo.

Muitos defensores do meio ambiente dizem que o crescimento do setor de aviação é fundamentalmente incompatível com a sustentabilidade.

Em 2022, a Air New Zealand disse que queria reduzir a intensidade de carbono em 28,9% até 2030 em comparação com os níveis de 2019, em uma metodologia validada pela iniciativa Science-based Targets (SBTi), um grupo de ação climática corporativa apoiado pela ONU.

A meta era mais ambiciosa que o acordo firmado em 2023 pelo setor de aviação em todo o mundo, de reduzir as emissões de carbono em 5% até 2030.

A Air New Zealand encomendou aviões Boeing 787 Dreamliner e Airbus A320neo.

O presidente-executivo da empresa, Greg Foran, disse que tem ficado claro nas últimas semanas que os atrasos nas entregas colocaram em risco a meta de 2030 e que a companhia aérea vai se retirar imediatamente da rede SBTi.

'É possível que a companhia aérea precise manter sua frota existente por mais tempo do que o planejado', disse Foran.

(Reportagem de Roshan Thomas em Bengaluru, Lisa Barrington em Seul e Lucy Cramer na Nova Zelândia)

Escrito por Reuters

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