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Alan Parsons: velho e sábio

Artista completa 75 anos nesta quarta-feira (20)

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Na canção “Old and Wise”, de 1982, a banda The Parsons Project canta sobre o fim da vida a partir da perspectiva de um personagem que deseja apenas ser lembrado como um bom amigo. Conforme sente a morte se aproximando, o eu-lírico reflete a respeito de tudo que viveu de modo a estar satisfeito quando for “velho e sábio”.

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Essa escolha de palavras, velho e sábio, é muito interessante. Existe um arquétipo da figura do velho sábio dentro da teoria da psicologia analítica criada por Carl Jung. Um dos argumentos do psiquiatra é que existem certos personagens que se repetem no decorrer da história humana em diferentes culturas - seja em livros, obras, cantigas ou contos - por causa do inconsciente coletivo.


Uma destas figuras é o Senex, também conhecido como o velho sábio. Este homem é lembrado não só pela sua inteligência, mas também pela abertura de diálogo que tem com aqueles ao seu redor. Sua experiência de vida lhe concedeu sabedoria. Alan Parsons, que completa 75 anos nesta quarta-feira, se encaixa perfeitamente nesse papel. Afinal, ele abraça sua própria multiplicidade, e entregou excelência nos campos em que se permitiu explorar.

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Parsons nasceu em uma família artística: seu bisavô era o ator Herbert Beerbohm Tree; sua mãe era atriz e tocava harpa; seu pai era pianista, flautista e um autor bem-sucedido; e seu tio também era ator. O rapaz cresceu tocando piano, flauta e violão, e aos 19 anos descobriu uma paixão pela engenharia de som quando entrou nos estúdios Abbey Road.


Sua trajetória já começou brilhante. Parsons participou da mixagem dos dois últimos álbuns dos Beatles, trabalhou com os The Hollies e foi responsável pela gravação do icônico álbum The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd.


Mas Alan ainda tinha muito a mostrar para o mundo. No início dos anos 70, criou sua própria banda ao lado de Eric Woolfson. O grupo seguia a linha do rock progressivo, e seus trabalhos eram conceituais - funcionam como um todo. Seu disco de estreia, por exemplo, é inspirado nos escritos de Edgar Allan Poe. Além disso, o álbum “Freudiana” serviu de trilha sonora para um musical de mesmo nome.


Ou seja, o músico sempre esteve aberto a explorar as muitas possibilidades que apareciam em seu caminho. Como resultado desse pioneirismo, o grupo deu origem a 10 álbuns com mais de 55 milhões de cópias vendidas ao todo nos seus 15 anos de atuação.


Alan e Eric se separaram em 1990, e o compositor continuou a se dedicar a composições sinfônicas de rock. Em 2004, se aventurou pelo mundo da música eletrônica na coletânea “A Valid Path”.


Alguns anos depois, Parsons quis compartilhar todo seu conhecimento musical. Por isso, elaborou uma série de videoaulas sobre engenharia de som e produção sonora, que ainda estão disponíveis para compra em seu site oficial.


Em três quartos de século, Alan Parsons nos mostrou suas várias facetas - músico, cantor, compositor, produtor, engenheiro de som e também professor. Cada vez mais próximo do arquétipo do velho sábio, ele nos inspira a sempre seguir nossas paixões e dar nosso melhor. Parabéns, Alan!



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Escrito por Hadass Leventhal

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