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ANÁLISE-Impulsionado por insatisfação comum, Brics ganha ímpeto

Placeholder - loading - Presidente russo, Vladimir Putin, concede entrevista coletiva no encerramento de cúpula do Brics em Kazan 24/10/2024 REUTERS/Maxim Shemetov
Presidente russo, Vladimir Putin, concede entrevista coletiva no encerramento de cúpula do Brics em Kazan 24/10/2024 REUTERS/Maxim Shemetov
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Por Mark John e Libby George

LONDRES (Reuters) - Enquanto o nervosismo das eleições norte-americanas pairava sobre a reunião de chefes de finanças globais em Washington, um sorridente Vladimir Putin estava na cidade russa de Kazan dando as boas-vindas aos líderes de países que, juntos, representam quase metade da população mundial.

O grupo Brics de países emergentes pode estar longe de rivalizar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou desafiar o domínio do dólar norte-americano. Mas a primeira reunião de cúpula com seus novos membros mostrou sinais claros de seu peso crescente.

O comunicado final foi longo em palavras e curto em detalhes sobre a criação de novos mecanismos de pagamentos e comércio que poderiam contornar as estruturas dominadas pelo Ocidente -- incluindo, notadamente no caso da Rússia, as sanções impostas após a invasão da Ucrânia.

Mas a cúpula obteve uma série de vitórias diplomáticas: as presenças do secretário-geral da ONU, António Guterres, e de Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, um países-membro da Otan que manifestou interesse em se juntar ao Brics. A Índia e a China escolheram a cúpula para traçar o perfil de novos esforços para cultivar laços.

Para Putin, o simples fato de tantos líderes terem viajado para a Rússia para as conversas foi útil para combater a narrativa de que seu país está isolado da economia global.

'As potências ocidentais não estão entendendo a importância disso', disse Alicia Garcia-Herrero, pesquisadora sênior do think tank econômico Bruegel. 'Tudo isso está sinalizando que o Ocidente está perdendo poder.'

Kazan pode não vir a ocupar o mesmo lugar na história que Bretton Woods, a cidade no Estado norte-americano de New Hampshire onde, há 80 anos, os vencedores da Segunda Guerra Mundial criaram uma ordem monetária que dominaria a economia global e consolidaria a supremacia do dólar.

No entanto, as conversas desta semana enfatizaram a insatisfação com um sistema que é visto como um serviço insuficiente para a maior parte do mundo, com um colapso nas transferências de capital para as economias em desenvolvimento na última década e com os países emergentes sub-representados nas tomadas de decisões do FMI.

'Veja quantas pessoas estão se esforçando para se candidatar ao Brics', disse Mo Ibrahim, empresário sudanês-britânico que dirige uma fundação que acompanha a governança na África. Putin disse que mais de 30 países se candidataram.

'As pessoas veem instituições que não são realmente representativas ou democráticas -- infraestrutura criada em 1945, mais ou menos, após a guerra mundial, e nada muda', acrescentou Ibrahim.

O histórico do clube tem sido misto desde que Brasil, Rússia, Índia e China o lançaram em 2006. Por um lado, sua criação ainda não alterou a trajetória anterior de crescimento per capita das quatro nações fundadoras, calculou Mario Holzner, do Instituto de Estudos Econômicos Internacionais de Viena.

Além disso, os 5 bilhões de dólares em empréstimos que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do Brics espera fazer este ano não são nada perto dos 72,8 bilhões de dólares distribuídos pelo Banco Mundial em créditos, empréstimos e doações. Outros projetos permanecem em sua fase inicial.

'Talvez eles consigam estabelecer algum tipo de sistema de transferência de dinheiro que, pelo menos em um nível baixo, funcione, mas isso provavelmente não será um divisor de águas', disse Holzner.

AUMENTANDO AS APOSTAS

Muitos comentaristas também observam que, à medida que o grupo cresce, os desequilíbrios de tamanho e influência entre os países membros e, às vezes, as agendas nacionais conflitantes dificultarão a formação de consenso em iniciativas conjuntas.

No entanto, aqueles que estão na fila para entrar no grupo o veem como um fórum comercial de fato, já responsável por um quinto do comércio global.

'Há uma enorme vantagem em conectar esses corredores', disse o ministro das Finanças do Paquistão, Muhammad Aurangzeb, nos bastidores da reunião do FMI em Washington. 'Então, de fato, estamos ansiosos para nos tornarmos membros do Brics.'

(Reportagem adicional de Karin Strohecker, em Washington, e Laura Chen, em Pequim)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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