Apagão no Chile afeta da maior mina de cobre do mundo às ruas de Santiago
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SANTIAGO (Reuters) - Um apagão de energia atingiu grandes áreas do Chile nesta terça-feira, interrompendo as operações de mineração no maior produtor de cobre do mundo e deixando os moradores de Santiago sem eletricidade.
A estatal chilena Codelco, maior produtora de cobre do mundo, disse que a queda de energia afetou todas as suas divisões e que as minas de Chuquicamata, Andina, Salvador e El Teniente ficaram sem energia.
Escondida, a maior mina de cobre do mundo, ficou sem eletricidade, afirmou uma fonte próxima ao assunto à Reuters. As mineradoras Antofagasta e Anglo American disseram que estavam usando geradores para manter a operação em suas minas.
A falta de energia afetou desde as regiões de Arica e Parinacota, no norte, até a região sul de Los Lagos, segundo o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile (Senapred). Não houve registros de situações de emergência.
A Direção Geral de Aeronáutica Civil do Chile informou que o Aeroporto Internacional Arturo Merino, em Santiago, estava operando normalmente. A Latam Airlines disse, no entanto, que alguns voos foram afetados pelo apagão.
Luzes nas ruas em Santiago não estavam funcionando, segundo testemunhas da Reuters. O metrô de Santiago, que transporta milhões de passageiros por dia, foi fechado e passageiros tiveram que ser retirados dos trens.
Empresas de transmissão de eletricidade investigam quais as origens da falha e trabalham para restabelecer o serviço, disse a Senapred.
A ministra do Interior do Chile, Carolina Toha, afirmou que a interrupção foi causada por uma falha na linha de transmissão no norte do país, descartando a possibilidade de um ataque cibernético.
Toha disse que a energia deve começar a voltar a funcionar nas 'próximas horas'.
'Esperamos que o que nos foi dito aconteça, que nas próximas horas tenhamos o serviço de eletricidade de volta', disse ela. 'E se não for esse o caso, teremos que tomar outras medidas'.
(Reportagem de Fabian Andres Cambero)
Escrito por Reuters