Privatização da Eletrobras pode seguir após aval de debenturistas de Furnas
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(Reuters) - Detentores de debêntures de Furnas, subsidiária da Eletrobras, aprovaram em assembleia nesta segunda-feira a realização de um aumento de capital na Santo Antônio Energia, abrindo caminho para a oferta de capitalização da maior elétrica da América Latina, prevista para esta semana.
A concessão de 'waiver' dos debenturistas para o aporte de capital de quase 1,6 bilhão na concessionária que opera a hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira (RO), era necessária em razão do impacto que poderia gerar sobre Furnas e Eletrobras --sem o aval, parte relevante da dívida das empresas poderia sofrer 'cross default', ou vencimento antecipado cruzado.
'De acordo com as assembleias gerais de titulares de debêntures da 1ª Emissão de Debêntures de Furnas realizadas em 30 de maio e 6 de junho de 2022, tal aprovação foi devidamente obtida, nos termos da Escritura de Emissão', disse a Eletrobras em comunicado nesta segunda-feira.
A companhia pode se tornar acionista majoritária no empreendimento às vésperas da privatização, já que outros sócios de Santo Antônio podem não acompanhar o aporte de capital.
Na semana passada, a Eletrobras aprovou a integralização, por Furnas, da totalidade das ações que eventualmente sobrarem após o aumento de capital.
Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, a aprovação foi dada por 92,08% dos debenturistas presentes na assembleia deste segunda-feira. Essa foi a segunda tentativa --a primeira chamada, realizada na semana passada, não atingiu o quórum necessário.
A reunião desta segunda-feira chegou a ser suspensa por liminar concedida no domingo, mas a medida judicial foi derrubada nesta manhã.
A aprovação era condição para a oferta de capitalização da maior geradora de energia da América Latina, segundo prospecto enviado à Comissão de Valores Mobiliários.
A precificação da oferta, que pode alcançar 35 bilhões de reais, está marcada para quinta-feira, dia 9.
(Por Letícia Fucuchima, reportagem adicional de Nayara Figueiredo)
Escrito por Reuters
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