Autoridade de alto escalão da gestão Trump descreve em jornal resistência ao presidente dentro do governo dos EUA
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Por Steve Holland e Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - Muitos altos funcionários do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vêm trabalhando para frustrar partes de sua agenda, para proteger o país de seus piores impulsos, escreveu uma autoridade da gestão Trump de forma anônima em uma coluna publicada pelo New York Times nesta quarta-feira.
Na coluna, o funcionário descreveu 'sussurros iniciais' entre integrantes do gabinete de Trump para tomar medidas para removê-lo do cargo de presidente, mas acrescentou que eles decidiram contra isso para evitar uma crise constitucional.
O funcionário escreveu que a raiz do problema é que Trump é amoral e não está ancorado em nenhum princípio discernível que guie sua decisão.
'Pode ser um conforto frio nesta era caótica, mas os americanos devem saber que há adultos na sala', escreveu o autor.
Questionado sobre a coluna durante um evento na Casa Branca, Trump a chamou de 'editorial covarde', criticou o New York Times como 'fracassado' e assinalou conquistas econômicas que, segundo ele, são prova de sua liderança.
Olhando para as câmeras, ele disse: 'Ninguém vai chegar perto de me vencer em 2020 por causa do que fizemos'.
O presidente republicano depois disparou uma mensagem com uma palavra no Twitter: 'TRAIÇÃO?'
Em outro tuíte, ele disse: 'Se a pessoa anônima realmente existe, o Times deve, para fins de Segurança Nacional, entregá-la ao governo imediatamente!'
O Times tomou o que chamou de passo raro de publicar uma coluna de opinião da autoridade sob um acordo para manter o nome do autor em segredo. Alegou que o cargo do funcionário sênior do governo estaria comprometido por sua divulgação.
O artigo alimentou acusações de críticos de que Trump é instável e inadequado para a Presidência, e parecia provável que ressuscitaria conversas entre alguns democratas sobre possível impeachment do presidente, caso assumam o controle da Câmara dos Deputados dos EUA nas eleições de novembro.
Escrito por Thomson Reuters
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