Autoridades financeiras do G20 concordam com suspensão da dívida para países mais pobres do mundo
Autoridades financeiras do G20 concordam com suspensão da dívida para países mais pobres do mundo
Reuters
15/04/2020
Atualizada em 15/04/2020
Por Davide Barbuscia e Marwa Rashad
DUBAI (Reuters) - Autoridades financeiras do Grupo das 20 principais economias disseram nesta quarta-feira que concordaram com uma abordagem coordenada para a suspensão dos pagamentos de dívida para os países mais pobres do mundo a partir de 1º de maio até o final do ano.
A decisão de suspender os pagamentos de principal e de juros afeta todos os países da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) --que estão atualmente em serviço de dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial-- e todos os países menos desenvolvidos, conforme definido pelas Nações Unidas, e que atualmente estão em qualquer serviço de dívida ao FMI e ao Banco Mundial.
A medida faz parte dos esforços para incentivar a economia global em meio ao novo surto de coronavírus, que está empurrando a economia global para a pior contração desde a Grande Depressão.
'Concordamos com uma abordagem coordenada a partir de uma lista comum de termos, fornecendo os principais recursos para esta iniciativa de suspensão dívida, com a qual o Clube de Paris também concordou', afirmou o G20 em comunicado conjunto.
As autoridades também pediram aos credores privados que participassem da iniciativa 'em termos comparáveis'.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e o presidente do Banco Mundial, David Malpass, elogiaram nesta quarta-feira o novo acordo de alívio da dívida do G20, que suspende os pagamentos bilaterais da dívida pelos países pobres. [nE6N2BN01R]
Georgieva, em declaração à reunião de líderes do G20, também disse que o Fundo está buscando 'urgentemente' cerca de 18 bilhões de dólares em novos recursos para o Fundo para Crescimento e Redução da Pobreza para os países pobres e está explorando como o uso de direitos especiais de saque pode ajudar nesse esforço.
A suspensão da dívida durará até o final do ano, mas os credores considerarão uma possível extensão, disse o G20.
Reuters

