Avião da Guarda Costeira aparentemente não foi autorizado para decolagem antes de colisão, diz Japão
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Por Maki Shiraki e Daniel Leussink e Lisa Barrington
TÓQUIO (Reuters) - Autoridades japonesas afirmaram nesta quarta-feira que um avião de passageiros que colidiu com um turboélice da Guarda Costeira em um aeroporto de Tóquio havia recebido permissão para pousar, mas que a aeronave menor não havia sido liberada para decolar, com base nas transcrições da torre de controle.
Todas as 379 pessoas a bordo do Airbus A350 da Japan Airlines (JAL) conseguiram sair do avião em chamas após a colisão com o turboélice De Havilland Dash-8 da Guarda Costeira, pouco depois de pousar no aeroporto de Haneda, na terça-feira.
O acidente deixou mortos cinco dos seis tripulantes do avião da Guarda Costeira, que decolaria para responder a um grande terremoto que atingiu a costa oeste do Japão. O capitão, que escapou dos destroços, ficou seriamente ferido.
As autoridades acabaram de começar as investigações e ainda há incerteza sobre as circunstâncias em torno da colisão, incluindo como os dois aviões foram parar na mesma pista. Especialistas sublinham que geralmente são necessárias múltiplas falhas de mecanismos de segurança para que um acidente de avião ocorra.
Transcrições das instruções de controle de tráfego aéreo publicadas pelas autoridades parecem mostrar que o avião da Japan Airlines havia recebido permissão para pousar, enquanto a aeronave da Guarda Costeira havia sido orientada a taxiar até um ponto de espera próximo à pista.
Uma autoridade do departamento de aviação civil do Japão disse a jornalistas que não havia indicativo nessas transcrições de que o avião da Guarda Costeira recebeu permissão para decolar.
(Reportagem de Maki Shiraki, Kaori Kaneko, Daniel Leussink e Nobuhiro Kubo em Tóquio, Lisa Barrington em Seul, Allison Lampert em Montreal e Jamie Freed em Sydney)
Escrito por Reuters
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