Bancos melhoram previsão de crescimento do crédito em 2024, mostra pesquisa Febraban
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(Reuters) - Bancos brasileiros preveem uma expansão de 8,5% na carteira de crédito total em 2024, mostrou pesquisa da Febraban divulgada nesta terça-feira, o que representa uma melhora em relação à expectativa anterior de crescimento de 8,3%.
A Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas, realizada a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, apurou melhora tanto no prognóstico na carteira livre como na direcionada.
No caso da carteira livre, a projeção subiu de 8,2% para 8,4%, enquanto para a direcionada, avançou de 8,5% para 8,6%.
De acordo com a Febraban, ambos as estimativas foram beneficiadas pela queda das taxas de juros e perspectiva de melhora dos índices de inadimplência, que devem levar a uma aceleração do crédito neste ano.
Esta edição da pesquisa reflete entrevistas com 18 bancos entre 20 e 22 de dezembro.
Para 2023, as previsões apontam crescimento de 6,9% na carteira total, menos do que os 7,4% estimados na edição de novembro. A perspectiva de alta para a carteira livre passou de 6,1% para 5,2%. Mas na direcionada, subiu de 8,8% para 9,5%.
'O mercado de crédito registrou uma desaceleração razoável em 2023, movimento esperado diante da política monetária contracionista, aumento da inadimplência e eventos negativos no setor corporativo no início do ano', afirmou Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.
Ele ressaltou que o mais importante é que as expectativas são mais positivas para 2024, quando o crédito deve voltar a acelerar, sustentado pela queda de juros e melhora dos índices de inadimplência.
De acordo com Sardenberg, isso deve beneficiar especialmente o crédito com recursos livres, mais sensível ao ciclo econômico.
Em relação à taxa de inadimplência da carteira livre, a pesquisa capturou estabilidade na projeção tanto para 2023 como para 2024, de 4,9% e 4,6%, respectivamente.
(Por Paula Arend Laier)
Escrito por Reuters
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