Biden faz alerta a não vacinados e anuncia medidas de reforço para combater Ômicron
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Por Steve Holland e Jarrett Renshaw
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira a abertura de mais locais federais de vacinação e de testagem para enfrentar um aumento de casos de Covid-19 provocado pela variante Ômicron, e disse que 500 milhões de testes rápidos estarão disponíveis para os norte-americanos gratuitamente a partir de janeiro.
Biden alertou os não vacinados, dizendo que eles têm 'bons motivos para se preocupar', e assegurou que aqueles que foram vacinados podem se reunir para as festas, apesar da nova variante que está varrendo o país.
'Não, não é março de 2020', disse Biden a repórteres na Casa Branca. “Duzentos milhões de pessoas estão totalmente vacinadas, estamos preparados, sabemos mais”.
Adotando um tom mais duro sobre os riscos para um em cada quatro adultos norte-americanos que não estão totalmente vacinados, Biden disse que aqueles que ainda não foram vacinados 'têm um risco significativamente maior de acabar no hospital ou até morrer'.
As medidas anunciadas nesta terça-feira incluem a ativação de cerca de 1.000 médicos militares para apoiar hospitais que já estão sobrecarregados de pacientes com Covid em algumas áreas.
A resposta de Biden contra a Covid-19 tem sido criticada por focar nas vacinas em detrimento do teste e das máscaras, e por subestimar o impacto do movimento antivacinas com motivação política nos Estados Unidos.
As novas medidas federais não estarão totalmente em vigor antes do Natal, no sábado, deixando muitos cidadãos com dificuldades para encontrar testes disponíveis antes dos encontros festivos e viagens - e confusos sobre se é seguro seguir em frente com seus planos.
A variante Ômicron, detectada pela primeira vez no mês passado, está fazendo com que as infecções dobrem em 1,5 a 3 dias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Ainda não se sabe se causa doenças mais graves do que a variante Delta.
Ômicron agora é responsável por 73% de todos os novos casos, de acordo com os dados mais recentes dos EUA, contra menos de 1% no início do mês.
O rápido aumento de infecções está mais uma vez perturbando a vida em todo o país, forçando o cancelamento de vários eventos, desde shows da Broadway a esportes profissionais. Na segunda-feira, a Liga Nacional de Hóquei e o sindicato dos jogadores concordaram em adiar todas as partidas até depois do Natal.
Em Nova York, Washington e outras cidades dos EUA havia longas filas para testes de Covid-19, já que as pessoas buscam saber se estão infectadas antes das festas.
'Se não, eu poderia levar (o vírus) para minha família', disse Ronald Tives enquanto estava na fila para fazer o teste na Farragut Square, em Washington, na terça-feira.
A implementação de testes rápidos complementa o plano de Biden anunciado no início deste mês, que exige que as seguradoras de saúde forneçam kits de teste sem custo para indivíduos com cobertura, também previsto para começar em janeiro.
O governo abrirá vários centros de testes federais, começando na cidade de Nova York antes do Natal, disse Biden.
Mais locais federais de vacinação e teste serão abertos em todo o país em regiões de alta necessidade e quando solicitados por autoridades locais e estaduais.
(Reportagem adicional de Maria Caspani e Lisa Shumaker)
Escrito por Reuters
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