Biden quer elevar vendas de veículos elétricos com plano para reduzir emissões de automóveis
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Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) propôs nesta quarta-feira cortes abrangentes de emissões para caminhões e carros novos até 2032, uma medida que, segundo a agência, pode significar que dois em cada três novos veículos vendidos pelas montadoras nos EUA serão elétricos dentro de uma década.
A proposta, se aprovada, representa o plano mais agressivo dos EUA para redução das emissões de veículos até o momento, exigindo uma redução média anual de 13% na poluição e uma redução de 56% nas emissões médias projetadas da frota em relação aos requisitos de 2026. A EPA também está propondo novos padrões de emissões mais rigorosos para caminhões médios e pesados até 2032.
A EPA projeta que as regras para o período de 2027-2032 cortariam mais de 9 bilhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono até 2055 - o equivalente a mais do que o dobro das emissões totais de gás carbônico dos EUA no ano passado.
Montadoras e ambientalistas dizem que o governo está agindo rapidamente para aprovar as novas regras até o início de 2024, tornando muito mais difícil para um futuro presidente ou Congresso revertê-las. O então presidente Donald Trump revogou os limites rigorosos de emissões até 2025 estabelecidos sob a administração de Barack Obama, mas o governo Biden reverteu a decisão.
A agência estima que os benefícios líquidos da proposta variam de 850 bilhões a 1,6 trilhão de dólares até 2055. Até 2032, a proposta custaria cerca de 1.200 dólares por veículo para cada fabricante, mas economizaria ao proprietário mais de 9.000 dólares, em média, em custos de combustível, manutenção e reparo dentro de um período de oito anos.
Com base na proposta, a EPA estima que 50% dos novos veículos vocacionais, como ônibus e caminhões de lixo, poderão ser elétricos até 2032. As regras para veículos médios devem reduzir as emissões em 44% até 2026.
(Reportagem de David Shepardson)
Escrito por Reuters
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