Blinken diz que EUA pediram a Israel para investigar ataque aéreo que matou trabalhadores de ONG
Publicada em
Por Simon Lewis e John Irish
PARIS (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse nesta terça-feira que Washington pediu a Israel que realizasse uma investigação rápida, completa e imparcial sobre um ataque aéreo israelense que matou sete pessoas que trabalhavam para a organização beneficente World Central Kitchen em Gaza.
Blinken chegou a Paris para conversar com autoridades seniores, incluindo o presidente Emmanuel Macron, poucas horas depois que a ONG sediada em Washington foi atingida por um ataque aéreo israelense no centro de Gaza, aumentando a pressão sobre Washington para endurecer sua posição na guerra entre Israel e o Hamas.
'Falamos diretamente com o governo israelense sobre esse incidente específico. Pedimos uma investigação rápida, completa e imparcial', disse Blinken aos repórteres em uma coletiva de imprensa em Paris, acrescentando que os trabalhadores humanitários precisam ser protegidos.
'Essas pessoas são heroínas, elas correm para o fogo, não para longe dele', afirmou ele sobre os trabalhadores da ONG mortos no ataque. 'Não deveríamos ter uma situação em que as pessoas que estão simplesmente tentando ajudar seus semelhantes correm sérios riscos.'
Blinken não chegou a condenar diretamente o ataque, ao contrário de seu colega francês Stéphane Séjourné.
Falando ao lado de Blinken, Séjourné expressou a 'firme condenação' da França ao ataque aéreo israelense.
'Nada pode justificar uma tragédia como essa', declarou ele.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o ataque aéreo não foi intencional e foi 'trágico', e os militares prometeram uma investigação independente.
Mais cedo no dia, Blinken disse que a Ucrânia está em um 'momento crítico' em sua guerra com a Rússia e precisa urgentemente de mais apoio ocidental, lamentando o impasse no Congresso sobre um pacote militar de vários bilhões de dólares para Kiev.
'É absolutamente essencial dar aos ucranianos o que eles continuam precisando para se defender, principalmente no que diz respeito a munições e defesas aéreas', disse ele aos repórteres.
(Reportagem adicional de Benoit Van Overstraeten e Sudip Kar Gupta)
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO