BNDES anuncia linha de crédito de R$2 bi para ampliação de leitos e oferta de material médico
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Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou neste domingo mais um pacote de medidas para enfrentar o avanço do coronavírus no Brasil, incluindo uma nova linha de crédito de 2 bilhões de reais para financiar a ampliação da oferta de leitos hospitalares e de materiais e equipamentos médicos essenciais para o combate à pandemia.
A contratação do empréstimo será feita diretamente com o BNDES, que poderá financiar até 100% da operação.
O banco vai emprestar os recursos para empresas que atuam na área médica e de outro setores que pretendem, neste momento de pandemia, converter sua produção de equipamentos e insumos para a área da saúde.
'O programa estima que a quantidade de leitos de UTI seja ampliada em 3 mil, o equivalente a mais de 10% da disponibilidade atual de leitos do SUS no país”, disse o banco em comunicado.
A previsão do BNDES é que a nova linha de crédito permitirá também uma oferta adicional de 15 mil respiradores, ou seja, 50% da demanda do Sistema Único de Saúde prevista para os próximos 3 meses. O banco projeta que o novo programa poderá também ampliar em 88 milhões o número de máscaras cirúrgicas.
Para agilizar a disponibilidade dos recursos, o BNDES disse que 'simplificou e acelerou' as etapas da concessão do financiamento para poder liberar o empréstimo em um prazo de até 15 dias. O programa emergencial vai também flexibilizar garantias para operações de até 75 milhões de reais e tem taxas limitadas a Taxa de Juro de Longo Prazo (TLP) mais 5,26% ao ano. A carência é de 24 meses, com prazo total de até 60 meses.
'É uma linha inovadora para o setor de saúde para o combate ao coronavírus. São linhas semi-automáticas, com até 100% de financiamento, facilidade de garantias e estimamos que a linha vai atender quem produz monta e transporta esses equipamentos. Vamos ser céleres como a crise requer', disse o presidente do banco, Gustavo Montezano, em vídeoconferência.
'Vamos facilitar quem está provendo bens e serviços que estão atendendo a demanda do Ministério da Saúde', acrescentou.
(Edição de Eduardo Simões)
Escrito por Reuters
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