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Bolsonaro diz que queimadas na Amazônia não justificam possíveis sanções internacionais

Bolsonaro diz que queimadas na Amazônia não justificam possíveis sanções internacionais

Reuters

23/08/2019

Placeholder - loading - 21/08/2019 REUTERS/Adriano Machado
21/08/2019 REUTERS/Adriano Machado

(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que autorizou o emprego de militares na região amazônica para aumentar a fiscalização e atuar no combate às queimadas na floresta, e defendeu que os incêndios não justificam possíveis sanções internacionais.

'Incêndios florestais existem em todo o mundo, e isso não pode servir de pretexto para possíveis sanções internacionais', disse Bolsonaro em curto pronunciamento em rede de rádio e TV.

Mais cedo, Bolsonaro assinou uma autorização preventiva de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permite o emprego dos militares para o combate aos incêndios florestais nos Estados da Amazônia legal. Para entrar em vigor, ela depende que cada governador envolvido apresente um pedido de adesão.

'O emprego extensivo de pessoal e equipamentos das Forças Armadas, auxiliares e outras agências permitirão não apenas combater as atividades ilegais, como também conter o avanço de queimadas na região', disse o presidente.

Diante da forte reação internacional aos incêndios, Bolsonaro ressaltou que 'a proteção da floresta é nosso dever'.

'Estamos cientes disso e atuando para combater o desmatamento ilegal e quaisquer outras atividades criminosas que coloquem a nossa Amazônia em risco', afirmou ele no pronunciamento.

Bolsonaro ainda repetiu seu argumento de que para evitar atividade ilegais na região é preciso dar condições para que a população local possa se desenvolver.

'Para proteger a Amazônia, não bastam operações de fiscalização, comando e controle. É preciso dar oportunidade a toda essa população para que se desenvolva junto com o restante do país', defendeu.

Na quarta-feira, Bolsonaro disse que ONGs poderiam estar por trás dos incêndios, após a perda de recursos da Alemanha e da Noruega, que cancelaram o repasse de verbas para proteção na região devido à política ambiental do governo. No dia seguinte, ele insistiu em relação às ONGs, dizendo que poderiam estar tentando derrubá-lo.[nE6N22E04X] [nL2N25I0LY]

Após reação das ONGs envolvidas e de líderes de governos estrangeiros, como o presidente francês, Emmanuel Macron, Bolsonaro admitiu que poderia haver envolvimento de fazendeiros nas queimadas e reconheceu que elas eram prejudiciais ao país.

No pronunciamento, Bolsonaro reafirmou estar aberto ao diálogo, mas destacou que isso precisa se dar com respeito à soberania do país.

Em diversas cidades no Brasil e no mundo houve manifestações nesta sexta-feira contra os incêndios na Amazônia. Durante o pronunciamento, houve panelaço em algumas cidades do país.

(Por Alexandre Caverni, em São Paulo)

Reuters

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