Bolsonaro prevê 'governo difícil' em 2019, mas diz que Brasil tem como vencer desafio
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Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro previu nesta sexta-feira, quatro dias antes de sua posse, um 'governo difícil' em 2019, mas afirmou que o Brasil tem potencial e 'massa humana' para vencer este desafio.
“Começamos um governo difícil em janeiro, mas o Brasil tem potencialidade e massa humana para que possamos vencer e em parte precisamos de bons aliados, amigos e irmãos, como Benjamin Netanyahu”, disse o presidente eleito após um encontro com o premiê de Israel no Forte Copacabana, no Rio de Janeiro.
Do lado de fora do encontro fechado, dezenas de pessoas enfrentaram o sol e o calor de mais de 30 graus para tentar contato com Bolsonaro que saiu de lá para visitar um sinagoga no mesmo bairro com o líder israelense, que está no Brasil para a cerimônia de posse do presidente eleito no dia 1º.
No encontro com Netanyahu, Bolsonaro também afirmou que pretende visitar o Estado judeu até março do próximo ano e disse que espera firmar mais parcerias com Israel. O presidente eleito deve ser submetido a uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.
“Pretendo, se Deus quiser, visitar Israel até março, onde iremos com uma comitiva... para tratar de questões como agricultura, tecnologia, piscicultura, segurança e Forças Armadas“, disse ele. “Para o mais rápido possível pôr em prática essa parceria com Israel.“
VISITA HISTÓRICA
Netanyahu disse que aguarda a visita de Bolsonaro para fortalecer os laços entre os dois países e chamou de histórica sua visita ao Brasil por se tratar da primeira vez de um primeiro-ministro israelense em território brasileiro. Ele chamou Bolsonaro de um grande amigo e um irmão.
'Israel é a Terra Prometida, o Brasil é a terra da promessa', disse o premiê.
Publicamente não se falou sobre a possibilidade cogitada pelo próprio presidente eleito de transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o que já gerou reações de países árabes.
Escrito por Thomson Reuters
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