Bolsonaro teve alta de temperatura e passou por drenagem de líquido ao lado do intestino, diz hospital
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SÃO PAULO (Reuters) - O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, teve elevação da temperatura, para 37,7°C, e foi submetido a drenagem de pequena coleção de líquido ao lado do intestino, 'sem intercorrências', informou boletim médico do hospital Albert Einstein, divulgado na tarde desta quinta-feira.
Bolsonaro, líder das pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro, permanece internado na Unidade de Terapia Semi-Intensiva e 'apresenta boa evolução clínica e sem disfunções orgânicas'.
'Devido à elevação da temperatura (37,7°C), foi realizada uma tomografia computadorizada de tórax e abdômen que evidenciou pequena coleção de líquido ao lado do intestino', informou boletim médico.
'Foi submetido a uma drenagem dessa coleção guiada por imagem, sem intercorrências. Está com dreno no local e evolui sem dor.'
Bolsonaro, que foi esfaqueado no último dia 6 e passou por duas cirurgias, continua recebendo dieta líquida por via oral com boa aceitação associada à nutrição endovenosa, de acordo com o hospital.
O boletim médico sobre o estado de saúde de Bolsonaro, que vinha sendo divulgado diariamente por volta de 15h, foi distribuído pela assessoria de imprensa do hospital somente às 17h41 desta quinta.
Duas fontes do hospital que não tratam diretamente o presidenciável, mas estão a par de seu estado de saúde, disseram à Reuters que os médicos coletaram o líquido que foi drenado das proximidades do intestino do presidenciável, e essa cultura será submetida a exame para verificar se Bolsonaro está sofrendo uma infecção.
Após Bolsonaro ser submetido à primeira cirurgia, logo depois de ser esfaqueado ainda na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, os médicos que o operaram apontaram o risco de infecção, já que o golpe provocou um ferimento no intestino grosso do candidato, com vazamento de fezes para a cavidade abdominal, que foi tratado na intervenção cirúrgica.
Além do ferimento no intestino grosso, a facada também provocou lesões em uma veia abdominal de Bolsonaro e em seu intestino delgado. Posteriormente, já no Albert Einstein, Bolsonaro foi submetido a nova cirurgia devido a uma aderência em seu intestino e de uma obstrução no local, que foram resolvidas na operação.
Nesta segunda cirurgia, os médicos também detectaram o vazamento de secreção intestinal em uma dos pontos de sutura feitos na primeira operação, que também foi solucionado naquela intervenção feita em São Paulo.
(Por Tatiana Ramil e Eduardo Simões; Reportagem adicional de Brad Brooks)
Escrito por Thomson Reuters
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