Brasil terá eleições e resultados serão respeitados, dizem empresários e intelectuais em manifesto
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Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - Em manifesto publicado nesta quinta-feira, centenas de empresários, economistas, acadêmicos, médicos, diplomatas e representantes da sociedade civil manifestaram confiança na Justiça Eleitoral, no sistema eletrônico de votação e afirmaram que o Brasil terá eleições no ano que vem e que os resultados do pleito serão respeitados.
O documento é assinado por empresários como Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, copresidentes do conselho de administração do Itaú Unibanco, Luiza Trajano e Frederico Trajano, acionistas controladores do Magazine Luiza, por economistas como o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan e o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, por diplomatas como o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer e por representantes da sociedade civil, como Ilona Szabó, do Instituto Igarapé, e Priscila Cruz, do Todos pela Educação.
'Apesar do momento difícil, acreditamos no Brasil. Nossos mais de 200 milhões de habitantes têm sonhos, aspirações e capacidades para transformar nossa sociedade e construir um futuro mais próspero e justo. Esse futuro só será possível com base na estabilidade democrática. O princípio chave de uma democracia saudável é a realização de eleições e a aceitação de seus resultados por todos os envolvidos', afirma o manifesto.
'A Justiça Eleitoral brasileira é uma das mais modernas e respeitadas do mundo. Confiamos nela e no atual sistema de votação eletrônico. A sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias. O Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados.'
A publicação do manifesto acontece em meio às constantes suspeitas sem fundamento levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre o sistema eletrônico de votação e às frequentes ameaças que o presidente faz em relação à realização da eleição do ano que vem, caso não seja adotado o voto impresso.
Em entrevista na quarta-feira, Bolsonaro ameaçou ainda atuar fora do que está previsto na Constituição em reação ao inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que investigará os ataques que ele tem feito ao sistema de votação.
Escrito por Reuters
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