Câmara dos Deputados dos EUA aprova impor sanções ao TPI por mandado de prisão contra Netanyahu
Câmara dos Deputados dos EUA aprova impor sanções ao TPI por mandado de prisão contra Netanyahu
Reuters
10/01/2025
Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou na quinta-feira para impor sanções ao Tribunal Penal Internacional (TPI) em protesto contra os mandados de prisão emitidos pela corte contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa por causa da campanha de Israel em Gaza.
A votação por 243 votos a 140 do 'Illegitimate Court Counteraction Act', que sancionaria qualquer estrangeiro que investigasse, prendesse, detivesse ou processasse cidadãos norte-americanos ou de um país aliado, incluindo Israel, que não fossem membros do tribunal.
Quarenta e cinco democratas se juntaram a 198 republicanos para apoiar o projeto de lei. Nenhum republicano votou contra.
'Os Estados Unidos estão aprovando esta lei porque um tribunal canguru está tentando prender o primeiro-ministro de nosso grande aliado, Israel', disse o deputado Brian Mast, presidente republicano do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, em um discurso na Casa antes da votação.
A votação na Câmara, uma das primeiras desde que o novo Congresso norte-americano tomou posse na semana passada, ressaltou o forte apoio dos colegas republicanos do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ao governo de Israel, agora que eles controlam as duas Casas do Congresso.
O TPI não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O primeiro governo de Trump impôs sanções ao TPI em 2020 em resposta às investigações sobre crimes de guerra no Afeganistão, incluindo alegações de tortura por cidadãos norte-americanos.
Essas sanções foram suspensas pelo governo do presidente Joe Biden, embora o secretário de Estado Antony Blinken tenha dito em maio do ano passado que estava disposto a trabalhar com o Congresso para potencialmente impor novas sanções ao TPI devido ao pedido do promotor de mandados de prisão para líderes israelenses.
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