Campanhas de Trump e Haley partem para o ataque na Carolina do Sul
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Por Tim Reid
(Reuters) - As campanhas dos republicanos Donald Trump e Nikki Haley entraram nesta quinta-feira em modo de ataque na Carolina do Sul, Estado que realizará, no dia 24, a próxima batalha pelas nomeação do partido para a eleição presidencial dos Estados Unidos.
Haley, última rival de Trump que permanece na disputa, enfureceu o ex-presidente ao se recusar a abandonar a corrida após ser derrotada em Iowa e New Hampshire, resultados que fortaleceram a posição de Trump como potencial adversário do atual presidente, o democrata Joe Biden, em novembro.
Haley usou uma nova propaganda e campanhas por email para chamar Trump de mentiroso, candidato fraco e covarde, por não debater com ela. O ex-presidente, que lidera as pesquisas de opinião por uma ampla margem na Carolina do Sul — Estado onde ela nasceu e foi governadora —, destacou aliados para atacá-la em um evento na capital, Columbia.
Bill Taylor, um parlamentar estadual republicano e ex-aliado de Haley, chamou-a de oportunista: “Nikki sempre só pensa na Nikki”.
Outro deputado estadual que apoia Trump, Stewart Jones afirmou que Haley é fraca no tema da imigração, ecoando assunto realçado nesta quinta-feira pela campanha de Trump.
O ex-presidente transformou a imigração em foco da batalha presidencial, abordando um tema que é de grande preocupação para os eleitores republicanos. O governo Biden tem tido dificuldade em lidar com o aumento dos pedidos de asilo na fronteira com o México. Trump criticou a pré-candidata por ter se oposto, no passado, à construção de um muro entre os países.
Em nova peça de propaganda, Haley celebrou seus feitos como governadora, incluindo a sanção de um projeto de lei sobre imigração, e acusou Trump de mentir sobre seus feitos. Em email enviado para seus apoiadores, ela afirmou que o ex-presidente é um “presente” para os democratas. Pesquisas mostram Haley com uma vantagem significativa sobre Biden no Estado, enquanto que a disputa Trump-Biden é muito mais apertada.
“Os democratas não poderiam sonhar com um candidato mais fraco, nem se tentassem”, afirmou a campanha de Haley, referindo-se a Trump.
Até agora, a maioria dos republicanos aparentemente não concorda com ela. Uma pesquisa Washington Post-Monmouth University mostrou que Trump lidera por 58% contra 32% de Haley entre os potenciais eleitores republicanos nas primárias da Carolina do Sul.
(Reportagem de Tim Reid em Washington)
Escrito por Reuters
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