Casal admite em tribunal dos EUA esquema para esconder crioptomoedas roubadas
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Por Luc Cohen
WASHINGTON (Reuters) - Um homem e uma mulher casados declararam-se culpados nesta quinta-feira nos Estados Unidos pelo crime de lavagem de dinheiro roubado em uma invasão virtual da corretora de criptomoedas Bitfinex em 2016, por meio de um elaborado esquema que envolvia enterrar moedas de ouro e queimar documentos em uma lata de lixo no Cazaquistão.
Em uma audiência perante a juíza distrital Colleen Kollar-Kotelly, em Washington, o cidadão norte-americano nascido em Moscou Ilya Lichtenstein admitiu ter hackeado a corretora e recrutado sua esposa -- uma rapper chamada Heather Morgan que usa o pseudônimo de 'Razzlekhan' -- para ajudá-lo a esconder cerca de 119.754 bitcoins roubadas.
Os tokens valiam 71 milhões de dólares na época do hackeamento, mas subiram para mais de 4,5 bilhões quando o casal foi preso, em 22 de fevereiro, em Nova York.
A vice-procuradora-geral Lisa Monaco disse na época que os 3,6 bilhões de dólares em ativos recuperados foram a maior apreensão financeira da história do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ, em inglês). Desde então, o DOJ recuperou mais 475 milhões de dólares, e o casal concordou, nesta quinta-feira, em entregar mais 72 milhões de dólares em conjunto.
Formado em psicologia, Lichtenstein, de 35 anos de idade, descreve-se em seu perfil no LinkedIn como um empreendedor de tecnologia.
O promotor Christopher Brown, no entanto, afirmou que Lichtenstein também tinha um longo histórico como hacker, inclusive quando era jovem, e que roubou fundos de casas de câmbio virtuais antes de 2016.
(Reportagem de Luc Cohen em Washington)
Escrito por Reuters