China diz que seus militares tomaram medidas necessárias para alertar Austrália em incidente com aeronave
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PEQUIM/SYDNEY (Reuters) - A China disse nesta terça-feira que seus militares tomaram medidas para avisar e alertar uma aeronave australiana depois que a Austrália culpou um caça chinês por colocar em risco um de seus helicópteros militares durante um confronto 'inseguro' no Mar Amarelo.
O incidente pode criar uma nova rusga entre as nações que estão tentando reconstruir os laços após turbulência em 2020, quando Camberra pediu uma investigação independente sobre as origens da Covid-19, e Pequim respondeu com barreiras comerciais.
O ministro da Defesa da Austrália, Richard Marles, disse que o jato J-10 da Força Aérea chinesa lançou sinalizadores acima e várias centenas de metros à frente de um helicóptero australiano MH60R Seahawk em um voo de rotina no sábado.
Ninguém ficou ferido no incidente, que aconteceu durante uma operação para verificação de sanções contra a Coreia do Norte.
O primeiro-ministro Anthony Albanese disse que era 'inaceitável' que o pessoal de defesa australiano fosse colocado em risco no espaço aéreo internacional.
Nesta terça-feira, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que a aeronave australiana voou deliberadamente perto do espaço aéreo da China em um 'movimento provocativo' que colocou em risco a segurança aérea marítima.
'A aeronave militar australiana voou perto do espaço aéreo da China de forma ameaçadora', afirmou o porta-voz, Lin Jian, em uma entrevista coletiva.
'Os militares chineses tomaram as medidas necessárias no local para avisar e alertar o lado australiano', disse ele, acrescentando que a situação foi tratada de maneira consistente com a lei e os regulamentos da China, e foi profissional e segura.
'A China apresentou sérios protestos contra o lado australiano por suas ações arriscadas', disse Lin. 'Pedimos ao lado australiano que pare imediatamente com as provocações e se esforce para evitar mal-entendidos e erros de cálculo.'
A China também foi acusada de comportamento inseguro nos céus por outros países, incluindo o Canadá e os Estados Unidos.
A Austrália também acusou anteriormente a China de ações 'inseguras e não profissionais' no mar.
Em Sydney, Albanese disse ao programa Today Show, da emissora Nine, que o pessoal da Força de Defesa Australiana estava 'em águas internacionais, espaço aéreo internacional', enquanto trabalhava para garantir que as sanções impostas pela ONU à Coreia do Norte fossem cumpridas.
'Eles não deveriam ter corrido nenhum risco', declarou ele, acrescentando que a população australiana esperava uma explicação da China sobre o incidente, e a Austrália havia feito 'representações muito fortes em todos os níveis para a China'.
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, deve visitar a Austrália no próximo mês, disse ele, acrescentando: 'Deixaremos nossa posição clara também nas discussões'.
(Reportagem de Andrew Hayley em Pequim e Kirsty Needham em Sydney)
Escrito por Reuters
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