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China registra forte aumento em perdas econômicas com desastres naturais no 3º tri

Placeholder - loading - Trabalho de reparo em estrada danificada por inundação em Kangding, China 04/08/2024. cnsphoto via REUTERS/ File Photo
Trabalho de reparo em estrada danificada por inundação em Kangding, China 04/08/2024. cnsphoto via REUTERS/ File Photo

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Por Liz Lee

PEQUIM (Reuters) - As perdas econômicas da China no terceiro trimestre com desastres naturais, incluindo tufões e inundações, mais do que dobraram em relação aos primeiros seis meses de 2024.

As perdas econômicas diretas de julho a setembro atingiram 230 bilhões de iuanes (32,3 bilhões de dólares), de acordo com cálculos da Reuters baseados em dados divulgados pelo Ministério de Gestão de Emergências nesta terça-feira.

Esse valor é mais de duas vezes superior aos 93,16 bilhões de iuanes registrados em perdas no primeiro semestre deste ano.

Os números destacam como a China está cada vez mais exposta a fenômenos climáticos extremos, que têm sido amplificados pelas mudanças climáticas.

Em setembro, o centro financeiro de Xangai foi paralisado pelo tufão Bebinca, o ciclone tropical mais poderoso a atingir diretamente a cidade em 70 anos. Neste mês, o supertufão Yagi - o mais forte já registrado - passou por Hainan, interrompendo o fornecimento de energia para quase 1 milhão de residências na província.

O recorde de chuvas e os fortes tufões durante o verão (no Hemisfério Norte) têm interrompido o fornecimento de alimentos, aumentando os preços ao consumidor e diminuindo a produção agrícola. As perdas econômicas diretas atingiram 323,2 bilhões de iuanes nos três primeiros trimestres, acima dos 308,3 bilhões de iuanes do ano anterior, de acordo com os dados do ministério.

O clima cada vez mais extremo tem elevado o custo para a economia da China. O país lançou uma estratégia de adaptação em âmbito nacional há mais de dois anos, mas as perdas econômicas mostram que a China ainda não se tornou suficientemente resistente ao impacto crescente dos desastres naturais.

Nos primeiros nove meses, mais de 84 milhões de pessoas foram afetadas, com o número de pessoas mortas ou desaparecidas totalizando 836, enquanto quase 3,35 milhões precisaram de reassentamento urgente, informou o ministério.

O ministério ainda contabilizou 50.000 casas destruídas e 630.000 danificadas. Cerca de 9,05 milhões de hectares de plantações foram afetados.

Escrito por Reuters

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