China simula ataques com mísseis a Taiwan e realiza exercícios com jatos e bombardeiros
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Por Bernard Orr e Yimou Lee
PEQUIM/TAIPÉ (Reuters) - A China simulou ataques com mísseis e realizou atividades com caças e bombardeiros nesta sexta-feira, informou a emissora estatal CCTV, como parte dos exercícios de dois dias que, segundo Pequim, foram lançados para punir o novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te.
Os bombardeiros praticaram várias formações de ataque em águas a leste de Taiwan, simulando ofensivas em coordenação com embarcações navais, acrescentou, enquanto a China testava sua capacidade de 'tomar o poder' e controlar áreas importantes de Taiwan.
Os dois dias de exercícios no Estreito de Taiwan e em torno de um grupo de ilhas controladas por Taiwan perto da costa chinesa, que, segundo uma autoridade taiwanesa, também incluíram a simulação de um bombardeio de embarcações estrangeiras, começaram apenas três dias depois que Lai assumiu o cargo na segunda-feira. Taiwan tem condenado as ações chinesas.
A China considera Taiwan como seu próprio território e denuncia Lai como um 'separatista'. O país criticou duramente seu discurso de posse, no qual ele pediu a Pequim que parasse com suas ameaças e disse que os dois lados do estreito 'não eram subordinados um ao outro'.
O Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação do Povo disse em um comunicado que os exercícios ocorreram para 'testar a capacidade de tomar o poder em conjunto, lançar ataques conjuntos e ocupar áreas importantes'.
Uma autoridade de segurança de Taiwan disse à Reuters que vários bombardeiros chineses simularam ataques a embarcações estrangeiras perto da extremidade leste do Canal Bashi, que separa Taiwan das Filipinas, praticando como tomar o 'controle total' de áreas a oeste da primeira cadeia de ilhas.
A primeira cadeia de ilhas se refere à área que vai do Japão até Taiwan, Filipinas e Bornéu, cercando os mares costeiros da China.
A autoridade, que falou sob anonimato devido à sensibilidade do assunto, disse que vários barcos da Guarda Costeira chinesa também realizaram exercícios de 'intimidação' na costa leste de Taiwan, incluindo a simulação de inspeções de navios civis.
A Guarda Costeira da China disse que realizou 'exercícios de aplicação da lei' nas águas a leste de Taiwan nesta sexta-feira, com foco no treinamento de verificação e identificação, alerta e repulsão.
Uma autoridade da 7ª Frota da Marinha dos Estados Unidos disse que estava prestando atenção a 'todas as atividades' no Indo-Pacífico e leva 'muito a sério' a responsabilidade de deter a agressão na região.
Taiwan e os EUA não têm nenhuma relação diplomática oficial, uma vez que Washington reconhece formalmente Pequim, mas é obrigado por lei a fornecer a Taiwan os meios para se defender e é o mais importante aliado internacional da ilha.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse que havia detectado 49 aeronaves militares chinesas, 19 navios da Marinha e sete da Guarda Costeira. Das aeronaves, 28 cruzaram a linha mediana do estreito, que já serviu como uma barreira não oficial, embora a China diga que não a reconhece.
Escrito por Reuters
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