China tira do ar 100 mil contas de mídia social e intensifica remoção de conteúdo
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Por Bernard Orr e Eduardo Baptista
(Reuters) - A China intensificou esforços retirar da internet notícias que considera como falsas e rumores, fechando mais de 100 mil contas de redes sociais no mês passado, disse o regulador de assuntos digitais do país.
A Administração do Ciberespaço da China (CAC) lançou uma campanha especial para fiscalizar informações publicadas online, com foco em contas de mídia social que julga como disseminadoras de notícias falsas e que avalia que se fazem passar por mídias controladas pelo Estado.
O regulador disse que retirou do ar desde 6 de abril 107 mil contas que publicam, no entender das autoridades, notícias falsas e 835 mil conteúdos considerados como desinformação.
A disseminação de notícias nas mídias sociais chinesas já é fortemente controlada no país, com plataformas como Weibo favorecendo hashtags de tópicos produzidas pela mídia estatal enquanto censuram outras sobre questões ou incidentes considerados sensíveis por Pequim, mesmo que se tornem virais.
A CAC disse que sua análise encontrou contas que se disfarçavam como mídia autorizada, falsificando cenas de estúdio de notícias e imitando apresentadores profissionais. As contas usavam inteligência artificial para criar âncoras que enganavam o público, segundo a agência.
As notícias falsas identificadas eram sobre incidentes sociais e assuntos internacionais atuais, de acordo com um comunicado do regulador.
O governo da China ordena regularmente medidas abrangentes para eliminar material e linguagem considerados impróprios, ofensivos e que representem ameaça ao público e às empresas.
Recentemente, a CAC prometeu reprimir comentários online que prejudicam a reputação de empresas e empreendedores.
A tecnologia de inteligência artificial generativa nascente introduziu outra camada de cautela. A China prendeu recentemente um homem na província de Gansu por supostamente usar o chatbot ChatGPT para gerar uma história falsa sobre um acidente de trem.
Escrito por Reuters
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