Coachella 2020 é cancelado nos Estados Unidos

Nesta quarta-feira (10), foi cancelada a edição 2020 do festival de música Coachella, que aconteceria na Califórnia. O evento estava previsto para abril inicialmente e já havia sido adiado para outubro em função da pandemia do novo coronavírus. A decisão veio por parte do oficial de saúde do condado de Riverside County, Cameron Kaiser, que também cancelou o Festival de Música Country Stagecoach.

"Estou preocupado com o crescimento das indicações de que o COVID-19 poderia piorar no outono", disse Kaiser ao Los Angeles Times. “Além disso, eventos como Coachella e Stagecoach se enquadram no Estágio 4 do governador (Gavin) Newsom, que ele afirmou anteriormente que exigiria tratamentos ou uma vacina para entrar. Dadas as circunstâncias e o potencial projetados, não me sentiria confortável em avançar”.

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De acordo com um relatório da Billboard na segunda-feira, a empresa-mãe do Coachella, AEG, também demitiu 15% de sua equipe e instituiu cortes de 20 a 50% nos salários após a pandemia. "Agora está claro que os eventos ao vivo com fãs não serão retomados por muitos meses e provavelmente só em 2021", escreveu o executivo-chefe da AEG, Dan Beckerman, aos funcionários antes das demissões.

De acordo com a Billboard, a Goldenvoice - a subsidiária da AEG que organiza o Coachella e o Stagecoach - está explorando opções para manter o Coachella em capacidade limitada em abril de 2021 ou adiar até outubro de 2021 para um festival maior. “Cerca de 40% dos compradores de ingressos solicitaram reembolso para o festival deste ano e os funcionários da AEG acham que poderiam provavelmente realizar o festival em abril com 60% da capacidade, mas estão adiando a decisão final de reprogramar até que haja mais clareza sobre a pandemia. trajetória geral”, escreveu a Billboard.

A notícia chega na mesma semana em que o festival Lollapalooza, com duração de quatro dias, foi cancelado. O epidemiologista, George Rutherford, em entrevista à Rolling Stone, disse que grandes eventos não serão seguros até que pelo menos 90% da população seja imunizada, o que pode não acontecer até a metade do próximo ano.