Com mais da metade dos assentos apurados, aliados de Imran Khan lideram eleição no Paquistão
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Por Ariba Shahid e Gibran Naiyyar Peshimam
ISLAMABAD (Reuters) - Os independentes apoiados pelo ex-primeiro-ministro preso Imran Khan conquistaram o maior número de cadeiras nas eleições do Paquistão, depois que os resultados de mais da metade dos distritos eleitorais foram anunciados, nesta sexta-feira, deixando os partidos políticos para trás.
Quase 24 horas se passaram desde o fechamento das urnas e os resultados sofreram um atraso incomum, o que o governo atribuiu à suspensão dos serviços de telefonia móvel - uma medida de segurança antes da eleição de quinta-feira.
Das 136 cadeiras contadas até 7h45 (horário de Brasília), de 235 disputadas, os candidatos independentes apoiados por Khan ganharam 49, de acordo com uma contagem da Reuters dos resultados declarados pela Comissão Eleitoral do Paquistão (ECP).
A Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N), do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, obteve 42, enquanto o Partido Popular do Paquistão, de Bilawal Bhutto Zardari, filho da premiê assassinada Benazir Bhutto, ganhou 34.
O restante foi conquistado por pequenos partidos e outros independentes.
Os membros independentes não podem formar um governo por conta própria de acordo com o complexo sistema eleitoral do Paquistão, que também inclui assentos reservados que serão distribuídos aos partidos com base em seus ganhos.
Mas os membros independentes têm a opção de se filiar a qualquer partido após as eleições.
Khan está preso e seu partido, o Movimento Paquistanês pela Justiça (PTI), foi impedido de participar da eleição, de modo que seus partidários concorreram como independentes.
Os analistas previam que poderia não haver um vencedor claro, o que aumenta os problemas de um país que luta para se recuperar de uma crise econômica, enquanto enfrenta o aumento da violência militante em um ambiente político profundamente polarizado.
Escrito por Reuters
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