Com tratamento de antibióticos, Bolsonaro não deve ter alta antes do dia 11, diz porta-voz
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(Reuters) - O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, disse nesta segunda-feira que o presidente Jair Bolsonaro não deve ter alta antes do próximo dia 11, devido ao tratamento com antibióticos iniciado após uma elevação de temperatura na noite de domingo e, basicamente, um aumento de leucócitos.
Bolsonaro passou por uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia no dia 28 de janeiro e a previsão inicial era de uma internação de 10 dias.
'Os aspectos iniciais de avaliação do quanto o presidente teria que quedar-se aqui no hospital dependiam, evidentemente, da sua evolução, obviamente que quarta-feira não será mais o dia de alta do nosso presidente', disse Rêgo Barros em briefing.
'Até porque ele entrou num estágio em que estão sendo administrados antibióticos por, no mínimo, sete dias, então se tivermos, a partir de hoje, já contarmos um prazo, esse prazo não será menos de sete dias', acrescentou.
Segundo boletim médico do hospital Albert Einstein, onde o presidente está internado, o presidente 'apresentou ontem à noite elevação da temperatura (37,3°C) e alteração de alguns exames laboratoriais. Foi iniciado antibioticoterapia de amplo espectro e realizado novos exames de imagem'.
'Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia. Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permanece com dreno no local', acrescenta o boletim, informando ainda que Bolsonaro 'está no momento sem dor, afebril, em jejum oral, com sonda nasogástrica e nutrição parenteral exclusiva'.
O porta-voz destacou como positiva a informação do boletim que afirma que o presidente 'já apresenta movimentos intestinais e teve dois episódios de evacuação'.
Rêgo Barros disse que desde domingo o presidente tem se mantido em repouso e evitado fazer despachos de trabalho. Por ordem médica, ele segue com visitas restritas. O porta-voz disse que não há, por ora, uma movimentação para que Bolsonaro seja afastado da Presidência temporariamente para sua recuperação.
'Naturalmente que se os médicos acharem indicado isso, com toda transparência, far-se-á novamente um documento pedindo-se por esse laudo médico que o presidente seja afastado por um tempo que seja adequado para essa recuperação', observou.
Rêgo Barros disse que o presidente recebeu bem os novos procedimentos a que teve que se submeter. 'Eu, naturalmente, fiz a minha continência de uma forma muito honrosa para um homem que está lutando por sua vida para dirigir o país.'
(Por Alexandre Caverni, em São Paulo)
Escrito por Thomson Reuters
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