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Conselho de Segurança da ONU apoia as forças de paz do Líbano após ataques israelenses

Placeholder - loading - Veículos de manutenção da paz da ONU (Unifil) circulam em Marjayoun, perto da fronteira com Israel, sul do Líbano 11/10/2024  REUTERS/Karamallah Daher
Veículos de manutenção da paz da ONU (Unifil) circulam em Marjayoun, perto da fronteira com Israel, sul do Líbano 11/10/2024 REUTERS/Karamallah Daher

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Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas expressou nesta segunda-feira forte preocupação após diversas posições de manutenção da paz da ONU no sul do Líbano serem atacadas em meio a confrontos entre o exército de Israel e os militantes do Hezbollah apoiados pelo Irã.

Em uma declaração adotada por consenso, o conselho de 15 membros também pediu a todas as partes -- sem nomeá-las -- que respeitem a segurança e a proteção do pessoal e das instalações da missão de paz da ONU, conhecida como Unifil.

'As forças de paz da ONU e as instalações da ONU nunca devem ser alvo de um ataque', disse o conselho, reiterando seu apoio à Unifil e a importância da operação para a estabilidade regional.

O Conselho de Segurança também pediu a implementação total de sua resolução 1701, adotada em 2006 com o objetivo de manter a paz na fronteira entre o Líbano e Israel. O conselho 'reconheceu a necessidade de outras medidas práticas para alcançar esse resultado', mas não forneceu detalhes.

Desde o início das operações terrestres israelenses no Líbano, em 1º de outubro, as posições da Unifil foram afetadas 20 vezes, inclusive por fogo direto e por um incidente no domingo, quando dois tanques israelenses irromperam pelos portões de uma base da missão, informou a ONU.

'Cinco soldados da paz foram feridos durante esses incidentes, incluindo um soldado da paz que sofreu um ferimento a bala', disse nesta segunda-feira o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, a jornalistas. 'A fonte do tiroteio ainda não foi confirmada pela Unifil.'

Nas últimas duas semanas, Israel tem dito às forças de paz da ONU para se afastarem 5 km da chamada Linha Azul -- uma linha mapeada pela ONU que separa o Líbano de Israel e as Colinas de Golã ocupadas por Israel -- para sua própria segurança.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse no domingo em uma declaração dirigida ao secretário-geral da ONU, António Guterres: 'Chegou a hora de você retirar a Unifil'.

O chefe de manutenção da paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, disse nesta segunda-feira que as tropas da ONU não vão se mover. Após informar o Conselho de Segurança a portas fechadas, ele disse a jornalistas que deve se reunir com o embaixador israelense da ONU, Danny Danon, na terça-feira.

Lacroix acrescentou que a ONU está 'analisando constantemente a situação', e que tem 'um planejamento de contingência para todos os cenários'.

Os Estados Unidos e a França disseram que o fortalecimento do Exército libanês seria crucial para a implementação da resolução 1701.

'A Unifil não pode impedir as hostilidades', disse o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, nesta segunda-feira.

'A Unifil está sendo posta em risco e em perigo e um país ameaça abertamente seu pessoal, o que é inaceitável.'

A Unifil está autorizada, de acordo com a resolução 1701, a 'ajudar' -- se solicitada pelo governo libanês -- a impedir o transporte ilícito de armas para o país. A resolução 1701 também proíbe as partes de cruzar a Linha Azul por terra ou ar. Há muito tempo, as autoridades da ONU relatam violações por ambos os lados.

(Reportagem de Michelle Nichols)

Escrito por Reuters

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