Coreia do Sul vai investigar se Telegram permite crimes sexuais na plataforma, diz agência
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Por Jack Kim e Joyce Lee
SEUL (Reuters) - A polícia da Coreia do Sul abriu uma investigação sobre o Telegram para definir se a plataforma de mensagens criptografadas é cumplice na distribuição de conteúdo sexualmente explícito falso, conhecido como 'deepfake', de acordo com reportagem da agência de notícias Yonhap nesta segunda-feira.
A Yonhap citou o chefe da polícia federal de investigação. O departamento de investigações digitais se recusou a comentar a reportagem.
A investigação segue-se à indignação pública e política por conta da onda de pornografia deepfake de mulheres sul-coreanas que, de acordo com a mídia local, é normalmente encontrada em grupos do Telegram.
É um passo além dos comentários feitos pelo comissário da polícia federal do país, Cho Ji-ho, que disse no início desta segunda-feira que a polícia estava analisando a possibilidade de investigar aplicativos de mensagens sob acusação de permitir crimes.
Autoridades sul-coreanas prometeram, semana passada, coibir os crimes sexuais com deepfake -- ato que coincide com a investigação francesa contra Pavel Durov, o fundador russo do Telegram, enquanto governos tentam atacar o crime organizado nas plataformas.
Perguntado no parlamento sobre atividades criminosas no Telegram, Cho disse que investigações em fornecedores de mensagens seguras são complicadas e levam tempo.
A polícia sul-coreana disse que o número de crimes sexuais com deepfake tiveram grande crescimento e chegaram a 297. Em 2021, foram 156 casos, no primeiro ano em que os dados foram coletados. A maior parte das vítimas e dos criminosos são adolescentes, afirmam.
(Reportagem de Jack Kim e Joyce Lee)
Escrito por Reuters
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