Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Cresce pressão sobre conservadores austríacos para encerrarem negociações de coalizão com extrema-direita

Placeholder - loading - Negociador de política externa do Partido Popular Austríaco (OVP) e integrante do Parlamento Europeu, Reinhold Lopatka 26/02/2024 REUTERS/Leonhard Foeger
Negociador de política externa do Partido Popular Austríaco (OVP) e integrante do Parlamento Europeu, Reinhold Lopatka 26/02/2024 REUTERS/Leonhard Foeger
Ver comentários

Publicada em  

Por Francois Murphy

VIENA (Reuters) - O conservador Partido Popular Austríaco (OVP) ficou ainda mais pressionado nesta terça-feira para encerrar suas negociações de coalizão com o Partido da Liberdade (FPO), de extrema-direita, com um acordo para formar o primeiro governo liderado pelo FPO parecendo cada vez mais improvável.

Eurocético e amigável à Rússia, o FPO ficou em primeiro lugar na eleição parlamentar de setembro, com aproximadamente 29% dos votos, mas foi apenas no mês passado quando foi pedido que formasse um governo, quando uma tentativa do centro de forjar uma coalizão governista sem ele desabou.

O OVP é o único parceiro em potencial do FPO. As negociações, porém, parecem empacadas, com detalhes sobre divergências políticas em questões como imigração, a União Europeia e sanções contra a Rússia emergindo e o FPO insistindo que deveria controlar os poderosos ministérios das Finanças e do Interior.

“É muito, muito improvável que dará certo”, afirmou o negociador de política externa do OVP, Reinhold Lopatka, também um integrante do Parlamento Europeu, ao jornal Kleine Zeitung, acrescentando: “Não faz muito sentido continuar”.

Um documento de 223 páginas vazado ao longo do fim de semana resumindo as negociações até agora, com os pontos de concordância em verde e os de divergência em vermelho, mostrou o quão distantes estão os dois lados, mesmo em imigração, sobre a qual ambos adotam uma postura dura.

Segundo o documento, com data de 4 de fevereiro e visto pela Reuters, o OVP não apoiou propostas do FPO, como interpretar decisões de tribunais internacionais da forma mais restritiva possível, negociar exceções austríacas às sanções da UE contra a Rússia e pagar indenizações a quem foi “prejudicado” por legislações relacionadas à Covid-19.

Até o líder do FPO, Herbert Kickl, ser encarregado de formar um governo, o OVP o descrevia como um extremista e teórico da conspiração. Ele se opôs às restrições da Covid-19, como os lockdowns, e moveu o seu partido na direção de grupos de direita classificados como extremistas.

Ao fim da tarde, Kickl havia dito à emissora nacional ORF e à Servus TV que as negociações e o clima eram “bons”, embora os dois lados tivessem “posições claras”.

Mais cedo, dois partidos de centro que haviam tentado formar uma coalizão em negociações lideradas pelo OVP -- os social-democratas e os liberais do Neos - disseram que estão preparados para conversar com o OVP novamente.

“Há alternativas a uma chancelaria de Herbert Kickl”, disse a líder do Neos, Beate Meinl-Reisinger, em um comunicado.

“Todos os caminhos estão abertos para o OVP e, portanto, todos os caminhos estão abertos para a Áustria. Ele (o OVP) pode tomar um caminho diferente se quiser. Ninguém é refém de um führer autoproclamado”.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. cresce pressao sobre …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.