Dados chineses da Covid-19 em mercado de animais dão pistas sobre origem do vírus, mostra relatório
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Por Jennifer Rigby e Natalie Grover
LONDRES (Reuters) - Dados dos primeiros dias da pandemia da Covid-19, brevemente carregados em um banco de dados global por cientistas chineses, fornecem informações cruciais sobre as origens do surto, incluindo um mercado de animais na cidade chinesa de Wuhan, disseram pesquisadores.
O vírus foi identificado pela primeira vez em Wuhan em dezembro de 2019, com muitas suspeitas de que o mercado de animais vivos de Huanan fosse a fonte, antes de se espalhar pelo mundo e matar quase 7 milhões de pessoas.
Os cientistas publicaram um relatório pré-publicado com base em sua interpretação dos dados na segunda-feira, após vazamentos na imprensa na semana passada e uma reunião com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que pediu à China para divulgar mais informações.
Os dados do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças não estão mais disponíveis no banco de dados Gisaid, onde foram encontrados pelos cientistas.
As informações incluíam novas sequências do vírus Sars-CoV-2 e dados genômicos adicionais baseados em amostras retiradas de um mercado de animais vivos em Wuhan em 2020, de acordo com os cientistas que o acessaram.
As sequências mostraram que cães-guaxinins e outros animais suscetíveis ao coronavírus estavam presentes no mercado e podem ter sido infectados, fornecendo uma nova pista na cadeia de transmissão que acabou atingindo os humanos, disseram eles.
“Isso aumenta o corpo de evidências que identificam o mercado de Huanan como o local de propagação do Sars-CoV-2 e o epicentro da pandemia da Covid-19”, disse o relatório.
Autoridades da OMS afirmaram na semana passada que as informações não são conclusivas, mas representam uma nova pista na investigação sobre as origens da Covid-19 e deveriam ter sido compartilhadas imediatamente.
A agência da ONU disse anteriormente que todas as hipóteses para as origens do coronavírus permanecem sobre a mesa, incluindo que o vírus surgiu de um laboratório de alta segurança em Wuhan que estuda patógenos perigosos.
(Reportagem de Jennifer Rigby e Natalie Grover)
Escrito por Reuters
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