Demanda por biodiesel no Brasil em 2024 deve crescer 22% com mistura maior, diz Abiove
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SÃO PAULO (Reuters) - A demanda de biodiesel no Brasil deve crescer cerca de 22% para 8,9 bilhões de litros em 2024 na comparação com 2023, devido ao aumento na mistura do biocombustível no diesel de 12% para 14% a partir de março do ano que vem, estimou nesta terça-feira a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
A estimativa foi feita após o governo antecipar o cronograma da mistura de biodiesel no diesel, conforme decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nesta terça-feira.
Pelo cronograma anterior, a mistura deveria ser elevada para 13% em 2024. O governo também decidiu antecipar para 2025 a mistura de 15% antes prevista para 2026.
Com isso, a demanda de biodiesel deverá aumentar para 10,1 bilhões de litros em 2025, segundo cálculos da Abiove.
A Abiove saudou a decisão do governo federal de antecipar o aumento da mistura de biodiesel, assim como a suspensão temporária da autorização de importações de biodiesel até análise por um grupo de trabalho criado para este fim.
'O aumento no teor fomenta o crescimento da produção de biodiesel no país, reduz dependência de importações de diesel e aumenta a segurança energética nacional, beneficia os cidadãos brasileiros por conta do uso de um combustível renovável', disse a associação em nota.
Considerando que o óleo de soja é a principal matéria-prima para a fabricação do biodiesel --respondendo por algo em torno de 70%--, a Abiove projeta aumento de cerca de 21% na demanda brasileira pelo produto para a fabricação do biocombustível em 2024, para 5,8 milhões de toneladas.
O biodiesel responderá pela maior parte do consumo interno de óleo de soja, estimado em mais de 9 milhões de toneladas pela Abiove, em 2024.
Em 2025, a demanda por óleo de soja no Brasil para a fabricação de biodiesel saltaria para 7,1 milhões de toneladas, segundo números da Abiove, entidade que representa as principais tradings e processadoras de oleaginosas.
(Por Roberto Samora)
Escrito por Reuters
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