Detenção de repórter norte-americano Gershkovich na Rússia é prorrogada por 3 meses
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Por Guy Faulconbridge
MOSCOU (Reuters) - Um tribunal russo prorrogou nesta terça-feira a prisão preventiva de Evan Gershkovich, repórter do Wall Street Journal preso há quase um ano por suspeita de espionagem durante uma viagem para reportagem na cidade de Ecaterimburgo.
Gershkovich, de 32 anos, tornou-se o primeiro jornalista norte-americano preso sob acusação de espionagem na Rússia desde a Guerra Fria ao ser detido pelo Serviço Federal de Segurança (FSB) em 29 de março.
O repórter, o Journal e o governo dos Estados Unidos negam que ele seja um espião.
A audiência foi fechada para a mídia, mas o serviço judicial de Moscou publicou fotografias e um breve vídeo mostrando Gershkovich em pé em uma caixa de vidro no tribunal. Ele parecia relaxado e estava sorrindo em algumas das fotos.
A embaixadora dos EUA, Lynne Tracy, pediu que a Rússia o liberte e disse que o Kremlin estava usando ele e outros cidadãos norte-americanos como peões.
'Esse veredicto para prolongar ainda mais a detenção de Evan é particularmente doloroso, pois esta semana completa um ano desde que Evan foi preso e injustamente detido em Ecaterimburgo simplesmente por fazer seu trabalho como jornalista', afirmou Tracy.
O FSB, principal sucessor da KGB da era soviética, disse que Gershkovich estava tentando obter segredos militares. Ele já passou quase um ano na prisão de alta segurança de Lefortovo, em Moscou, intimamente ligada ao FSB.
Diplomatas ocidentais afirmam que a Rússia pretende criar um estoque de cidadãos norte-americanos detidos que poderiam ser trocados por russos detidos no Ocidente.
(Reportagem da Reuters)
Escrito por Reuters
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