Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Divergências e divisões prejudicam início da presidência da Polônia na União Europeia

Placeholder - loading - Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, conversam em Bruxelas 19/12/2024 REUTERS/Johanna Geron
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, conversam em Bruxelas 19/12/2024 REUTERS/Johanna Geron

Publicada em  

Por Marek Strzelecki e Lili Bayer

VARSÓVIA (Reuters) - A Polônia iniciou sua presidência do Conselho da União Europeia nesta sexta-feira atolada em uma disputa diplomática com a Hungria que ressaltou um sentimento cada vez mais profundo de desunião política em toda a Europa, no momento em que enfrenta uma série de grandes desafios globais.

Com uma economia lenta, a UE está se preparando para o retorno de Donald Trump à Casa Branca neste mês com uma plataforma 'America First' (Estados Unidos em primeiro lugar) e uma possível imposição de tarifas norte-americanas sobre exportações europeias.

A UE também precisa lidar com a deterioração das relações comerciais com a China e a guerra violenta da Rússia na Ucrânia, tudo isso em um momento em que as duas principais potências da UE, a França e a Alemanha, estão distraídas com agitações políticas internas.

O governo polonês disse que o enviado da Hungria não era bem-vindo em uma cerimônia para marcar a posse de Varsóvia na presidência rotativa de seis meses da UE, uma afronta muito pública que se segue a meses de troca de farpas políticas entre os líderes dos dois países.

A Hungria enfureceu a Polônia no mês passado ao conceder asilo político a um ex-vice-ministro da Justiça polonês que está sendo investigado em seu país por suposto uso indevido de fundos públicos, o que ele nega. Varsóvia classificou a medida como um 'ato hostil' contrário aos princípios da UE e chamou de volta seu embaixador em Budapeste.

O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, descreveu o desdém desta sexta-feira como 'infantil', segundo o site de notícias HVG.hu.

O desentendimento apenas se somou a sinais crescentes de desarmonia europeia.

A Eslováquia, que junto com a Hungria tem procurado manter alguns laços com a Rússia, ameaçou retaliação na quinta-feira contra a Ucrânia, após ela interromper os fluxos de trânsito do gás russo, e na sexta-feira, negociações para a formação de um novo governo na Áustria sofreram um duro golpe quando um partido importante abandonou as negociações.

AMBIÇÕES POLONESAS

Diante desse cenário sombrio, a Polônia está buscando um papel de liderança na formulação da política europeia, especialmente em relação à segurança.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, espera 'liderar um realinhamento na UE para construir uma coalizão em torno do apoio à Ucrânia e de uma paz significativa que beneficie Kiev, e não Moscou', disse Edit Zgut-Przybylska, professora assistente do Instituto de Filosofia e Sociologia da Academia Polonesa de Ciências.

Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu que anteriormente também atuou como chefe do Partido Popular Europeu, de centro-direita, é uma figura bem relacionada no cenário da UE.

Mas como as capitais europeias enfrentam decisões difíceis sobre questões como reforço e financiamento de gastos com defesa, os analistas afirmam que é improvável que Varsóvia seja capaz de liderar sozinha.

(Reportagem de Marek Strzelecki e Anna Wlodarczak-Semczuk em Varsóvia e Lili Bayer e Gergely Szakacs em Budapeste)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. divergencias e divisoes …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.