Economia e aborto dão ligeira vantagem a Biden nas eleições de 2024, mostra Reuters/Ipsos
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Por Jason Lange e James Oliphant
WASHINGTON (Reuters) - A estabilidade da economia norte-americana e a insatisfação dos eleitores sobre as ameaças ao direito de aborto estão impulsionando o presidente Joe Biden no caminho para as eleições do próximo ano, mas os eleitores estão receptivos a uma série de questões culturais nas quais os republicanos estão priorizando nas campanhas, mostrou uma nova pesquisa Reuters/Ipsos.
Os republicanos que lutam pela indicação de seu partido para possivelmente enfrentar Biden em 2024, liderados pelo ex-presidente Donald Trump e o governador da Flórida, Ron DeSantis, têm enfatizado questões como imigração e o ensino de questões de gênero e sexualidade em escolas públicas.
Os eleitores parecem ser persuadíveis em algumas dessas questões, mostrou a pesquisa, enquanto eles criticam os republicanos por seus esforços para restringir o aborto.
Biden, de 80 anos, está buscando um segundo mandato e sinalizou que planeja concorrer em grande parte com base em seu histórico econômico – particularmente baixo desemprego e investimento público na criação de postos de trabalho, que ele chama de “Bidenomics”.
Uma parcela significativa dos eleitores, 36%, disse esperar que sua situação econômica pessoal melhore no próximo ano, comparado com um total de 20% que espera uma piora. Outros 38% esperavam que a situação se mantenha.
Biden liderava Trump por 37% a 35% em um confronto hipotético, com os 28% restantes dizendo que não tinham certeza de quem escolher ou votariam em outra pessoa ou em ninguém.
Preocupações com a perda do direito ao aborto ajudaram os democratas nas eleições para o Congresso do ano passado, e a pesquisa mostrou que a maioria dos eleitores se opõe a candidatos presidenciais que favorecem duras restrições ao aborto.
Todos os candidatos à indicação republicana apoiam a limitação do procedimento de alguma forma, com DeSantis entre os que defendem as medidas mais restritivas.
Os entrevistados também expressaram desconforto com a questão da imigração.
Cerca de 48% dos entrevistados disseram concordar com a afirmação de que a imigração está tornando a vida mais difícil para os norte-americanos nativos, em comparação com 37% que discordaram e o restante que não tinha certeza.
Trump e DeSantis adotam posições extremas sobre imigração e segurança na fronteira, enquanto o governo Biden tem procurado um meio-termo entre proteger a fronteira e acomodar aqueles com pedidos de asilo.
Sobre questões culturais, cerca de 50% dos entrevistados disseram que discordavam de uma afirmação de que temas relacionadas a sexo, sexualidade e identidade de gênero deveriam ser ensinadas nas escolas, em comparação com 36% que concordavam com a declaração e 14% que não tinham certeza.
A pesquisa Reuters/Ipsos reuniu respostas online de 4.414 adultos norte-americanos de 11 a 17 de julho e teve uma margem de erro de 2 pontos percentuais.
Escrito por Reuters
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