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Eletrobras analisa aquisições de 15 projetos de geração e transmissão

Placeholder - loading - Logo da Eletrobras 09/04/2019 REUTERS/Brendan McDermid
Logo da Eletrobras 09/04/2019 REUTERS/Brendan McDermid

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SÃO PAULO (Reuters) - A Eletrobras está analisando 15 oportunidades de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) nas áreas de geração renovável e transmissão de energia, dentro de seu plano de continuar crescendo a carteira de ativos ao mesmo tempo em que desinveste daqueles considerados não estratégicos, como usinas termelétricas.

A companhia apresentou nesta quarta-feira o que chamou de 'Firepower Potencial' variando de 70 a 80 bilhões de reais para o período de 2023 a 2027, sendo até 11 bilhões de reais contratados e até 16 bilhões de reais de 'capex de reforço', sendo 6 bilhões autorizados.

Em comunicado, indicou diretrizes de negócio para os próximos anos, por ocasião da primeira reunião da nova diretoria com investidores e analistas após a privatização, nesta quarta-feira. O encontro é privado.

Na frente de aquisições, os projetos em análise pela Eletrobras somam 18 gigawatts (GW) de capacidade instalada renovável e mais de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão, com receita anual permitida (RAP) de 2 bilhões de reais.

Os dois segmentos do setor elétrico estão no 'core' de atuação da Eletrobras, uma das maiores companhias de energia do mundo, que hoje detém mais de 20% da capacidade instalada de geração do Brasil e quase 40% da rede nacional de linhas de transmissão.

O retorno da Eletrobras aos M&As ocorre em um momento em que algumas elétricas buscam parceiros estratégicos para desalavancar seus negócios e prosseguir com projetos, principalmente em energias renováveis. É o caso da AES Brasil e da Eneva, que já manifestaram publicamente avaliarem a possibilidade de atração de um sócio para suas plataformas renováveis.

Desde a reestruturação da administração pós-privatização, a Eletrobras já avançou com algumas operações que permitiram ampliar sua carteira de ativos, sobretudo de hidrelétricas, como a aquisição de usinas da Cemig e o descruzamento de participações acionárias com a Neoenergia.

Ao mesmo tempo, a companhia busca desinvestir de ativos não estratégios. Nesta semana, anunciou o início do processo de alienação de seu parque termelétrico de 2 GW, em linha com seus compromissos de descarbonização e 'net zero'.

Em relação a investimentos em ativos existentes, a Eletrobras estimou cerca de 11 bilhões a 16 bilhões de reais em desembolsos até 2027, entre projetos de geração de energia já em desenvolvimento e reforços e melhorias em linhas de transmissão.

RACIONALIZAÇÃO DE SPES E COLIGADAS

A Eletrobras também segue no processo de racionalização de sua carteira de 73 sociedades de propósito específico (SPEs) através de encerramentos e incorporações. A expectativa é reduzir esse número a 31 até o segundo trimestre de 2024 -- a meta era antes esperada para o fim deste ano.

Segundo apresentação divulgada, a companhia espera levantar cerca de 1,5 bilhão de reais com a venda de coligadas e participadas, saindo de 20 para 13 até o segundo trimestre do próximo ano.

(Por Letícia Fucuchima)

Escrito por Reuters

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