Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Estrangeiro muda estratégia na B3 e ações de materiais básicos perdem preferência

Placeholder - loading - REUTERS/Amanda Perobelli
REUTERS/Amanda Perobelli
Ver comentários

Publicada em  

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) - O investidor estrangeiro alterou o alvo de seus aportes em ações brasileiras, com o setor de materiais básicos, que inclui mineradoras e siderúrgicas, deixando de ser o preferido desde o ano passado e virando foco de venda, enquanto o segmento financeiro mostrou tendência contrária, de acordo com dados inéditos da Neoway e da B3.

Entre 11 setores definidos pelo estudo, o de materiais básicos, que também engloba ações de empresas do setor de papel e celulose e petroquímicas, foi o único a ver um saldo líquido negativo de investimento estrangeiro tanto em 2022 (-5,5 bilhões de reais) quanto neste ano até o fim de junho (-13,7 bilhões de reais).

O movimento marca uma completa inversão de tendência frente a 2021 e 2020, quando o setor foi um dos únicos dois -- junto ao setor de tecnologia da informação (TI) em 2021 e ao de petróleo, gás e biocombustíveis em 2020 -- a ter desempenho positivo, de 31,5 bilhões de reais e 28,7 bilhões de reais, respectivamente.

Com a saída de materiais básicos, quem parece ter assumido a cadeira de preferido dos estrangeiros foi o setor financeiro, que conta com papéis de bancos, operadoras de shoppings centers e seguradoras.

Após registrar o maior saldo negativo entre os segmentos analisados de 2019 a 2021, o setor teve a segunda maior entrada líquida no ano passado, com 20,8 bilhões de reais -- atrás apenas de petróleo, gás e biocombustíveis, com 22,5 bilhões de reais --, e exibia o maior saldo deste ano até o fim de junho, de 11,3 bilhões de reais. O estudo da B3 analisa os volumes a partir de 2019.

'Não acho que seja conjuntural', disse Lika Takahashi, estrategista do Fator, sobre o setor de materiais básicos ter mostrado saldo inverso ao financeiro e à grande maioria dos setores na bolsa nos últimos quatro anos.

Ela afirmou que papéis ligados a commodities costumam apresentar certo descasamento de fluxo frente a outros pela forte influência da China -- grande consumidora desses insumos --, e que um balanceamento pelos investidores entre diferentes setores é comum.

Investidores estrangeiros, representados por gestoras de ativos, bancos e outros agentes internacionais, representam mais de metade do volume de negociação anual na bolsa brasileira, segundo o estudo da B3, o que indica forte influência nas oscilações do mercado local.

Na bolsa como um todo, o saldo estrangeiro em ações foi negativo em 2020 (-39,2 bilhões de reais) e 2021 (-6 bilhões de reais), e positivo em 2022 (102,6 bilhões de reais) e em 2023 até o fim de junho (17,3 bilhões de reais), de acordo com o estudo.

O saldo líquido da entrada de recursos estrangeiros é calculado subtraindo-se as vendas das compras realizadas por investidores não residentes, em dado que não inclui recursos empenhados em ofertas de ações ou aberturas de capital (IPOs e follow-ons).

EMPRESAS MAIORES, FLUXO MAIOR

Embora os dados da B3 e da Neoway não revelem os saldos de investimento estrangeiro por ação, apenas setorial, Takahashi afirmou que são as empresas maiores que mais atraem os recursos externos.

'O estrangeiro vem primeiro para as empresas grandes, para as 'large caps', depois ele vai fazendo, digamos, um garimpagem melhor', disse ela.

'Vale, Petrobras, grandes bancos realmente são a grande porta de entrada para o mercado brasileiro.'

A liquidez dos papéis e o fato de estarem incluídos no Ibovespa, o que gera demanda por parte dos ETFs (fundos de índice) que buscam replicar o índice, são alguns dos motivos que justificam esse movimento, segundo a estrategista.

A saída de capital externo do setor de materiais básicos parece refletir, principalmente, o cenário ao longo dos anos para o minério de ferro, de acordo com Lucas Laghi, head de mineração e siderurgia, papel e celulose e bens de capital na XP Investimentos.

'É China e minério de ferro', disse ele. A commodity é o maior negócio da mineradora Vale , cujos papéis representam quase 15% da carteira do Ibovespa.

Os preços do minério de ferro tiveram um salto entre 2019 e 2020, mas perderam força em meados de 2021, apresentando oscilação desde então, influenciados por fatores contrastantes como a expectativa de retomada da economia da China e, do outro lado, fraqueza no setor imobiliário chinês.

O estudo é resultado de um novo produto da B3 com a empresa de big data Neoway, que compila informações de mercados e possibilita que agentes de mercado realizem diferentes análises dos movimentos. A B3 comprou a Neoway em 2021 por cerca de 1,8 bilhão de reais.

(Reportagem adicional e edição de Patrícia Vilas Boas)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

22 H
Placeholder - loading - Imagem da notícia MEMÓRIA MÚSICAL: OASIS BATE RECORDE HISTÓRICO DE VENDAS DE INGRESSOS

MEMÓRIA MÚSICAL: OASIS BATE RECORDE HISTÓRICO DE VENDAS DE INGRESSOS

Em 13 de maio de 1996, a banda britânica Oasis alcançou um feito histórico no cenário musical: vendeu 330 mil ingressos em apenas nove horas para seus shows no lendário Knebworth Park, marcados para agosto daquele ano. Com mais de 2,5 milhões de pessoas tentando adquirir entradas, a demanda estabeleceu um recorde inédito para um concerto no Reino Unido — e consolidou a posição do grupo como o maior fenômeno do britpop na década de 1990.

No auge da fama e das paradas

O recorde de vendas não foi por acaso. Em maio de 1996, o Oasis vivia o auge absoluto da carreira. Sete meses antes, em outubro de 1995, a banda havia lançado o aclamado álbum “(What’s the Story) Morning Glory?”, que rapidamente se tornou um dos discos mais vendidos da história do Reino Unido, superando 22 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo.

Com hits como “Wonderwall”, “Don’t Look Back in Anger” e “Champagne Supernova”, o disco dominava as rádios e catapultava o grupo à fama global. Videoclipes desses singles estavam em alta rotação na MTV, enquanto jornais e revistas britânicas declaravam os irmãos Gallagher como os novos Beatles.

Knebworth 1996: o show de uma geração

Os concertos realizados em 10 e 11 de agosto de 1996 no Knebworth Park entraram para a história como os maiores da carreira da banda. Mais de 330 mil pessoas assistiram aos shows, que contaram com uma estrutura monumental e participação de nomes como The Prodigy, Manic Street Preachers, The Charlatans e The Chemical Brothers como atrações de abertura.

24 min
  1. Home
  2. noticias
  3. estrangeiro muda estrategia …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.