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EUA dizem à ONU que Hamas é o culpado pelas mortes desde a retomada de hostilidades em Gaza

Placeholder - loading - Crianças palestinas no local de ataque israelense em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza 19/03/2025 REUTERS/Hatem Khaledo
Crianças palestinas no local de ataque israelense em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza 19/03/2025 REUTERS/Hatem Khaledo
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NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Os Estados Unidos disseram ao Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira que o grupo militante palestino Hamas é o culpado pelas mortes na Faixa de Gaza desde que Israel retomou as hostilidades no local.

'O Hamas tem total responsabilidade pela guerra em curso em Gaza e pela retomada das hostilidades. Cada morte teria sido evitada se o Hamas tivesse aceitado a proposta de ponte que os Estados Unidos ofereceram na última quarta-feira', disse Dorothy Shea, embaixadora interina dos EUA na ONU, ao conselho de 15 membros.

Há três dias, Israel abandonou efetivamente uma trégua de dois meses, retomou bombardeios aéreos e sua campanha terrestre, argumentando que a intenção é pressionar os militantes a libertar os reféns restantes.

O Hamas disse nesta sexta-feira que analisa a proposta dos EUA para restaurar o cessar-fogo.

Dos mais de 250 reféns originalmente apreendidos no ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023 -- que desencadeou a atual guerra em Gaza -- 59 permanecem no enclave, 24 dos quais supostamente vivos.

O embaixador israelense Danny Danon disse ao conselho que nos últimos dias Israel havia 'eliminado vários terroristas importantes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina'.

Só na terça-feira, ataques aéreos israelenses mataram mais de 400 palestinos, e desde então não houve mais trégua.

'O Hamas tem uma escolha', disse Danon. 'Eles podem voltar à mesa e negociar, ou podem esperar e ver sua liderança cair, um a um. Não vamos parar até que nosso povo volte para casa, todos eles.'

O embaixador francês Jerome Bonnafont conclamou Israel a 'retomar incondicionalmente a ajuda humanitária, parar com os bombardeios, ater-se à lógica das negociações, por mais lentas que sejam, e parar de responder à crueldade com o desencadeamento da violência'.

(Reportagem de Michelle Nichols)

Escrito por Reuters

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