EUA dizem que restos mortais devolvidos pela Coreia do Norte provavelmente são de norte-americanos
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Por Josh Smith
BASE AÉREA DE OSAN, Coreia do Sul (Reuters) - As mais de 50 caixas entregues pela Coreia do Norte aos Estados Unidos parecem conter restos mortais da Guerra da Coreia de 1950-1953 e provavelmente são de norte-americanos, de acordo com uma análise forense inicial, disse uma autoridade dos EUA nesta quarta-feira.
Na sexta-feira, uma aeronave militar de transporte dos EUA retirou os restos da cidade norte-coreana de Wonsan, um primeiro passo para a implantação de um acordo firmado em uma cúpula histórica entre o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, e o presidente norte-americano, Donald Trump, em junho.
'Não há motivo para duvidar que elas se relacionam a perdas da Guerra da Coreia', disse John Byrd, diretor de análises da Agência de Verificação POW/MIA da Defesa dos EUA, aos repórteres na base aérea de Osan, na Coreia do Sul, pouco antes de os restos mortais serem levados de avião ao Havaí para mais análises e identificações.
Mais de 7.700 soldados dos EUA que lutaram na Guerra da Coreia continuam desaparecidos, cerca de 5.300 deles no que hoje é a Coreia do Norte.
Byrd disse que uma única plaqueta de identificação também foi entregue pelos norte-coreanos. A família do soldado foi notificada, mas não ficou claro se seus restos estão entre os encontrados, explicou Byrd.
Especialistas dizem que identificar positivamente os restos de décadas pode levar entre dias e décadas.
Além disso, a 'análise forense de campo' indica que os 'restos mortais são o que a Coreia do Norte disse que eles são', segundo Byrd.
Os norte-coreanos forneceram detalhes suficientes sobre onde cada suposto corpo foi encontrado para as autoridades dos EUA os compararem com batalhas específicas ocorridas entre 1950 e 1951, mas não necessariamente indivíduos, disse.
Dezenas de norte-americanos, sul-coreanos e outros soldados e autoridades de países da Organização das Nações Unidas (ONU) que lutaram na Guerra da Coreia realizaram uma cerimônia com honras militares antes de os restos serem embarcados em aeronaves militares de transporte para o voo ao Havaí nesta quarta-feira.
Os restos haviam sido transferidos das caixas pequenas nas quais chegaram na sexta-feira para caixões de tamanho normal decorados com bandeiras da ONU.
Escrito por Thomson Reuters
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