EUA e Coreia do Sul assinam acordo de dissuasão nuclear integrada para península coreana
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WASHINGTON (Reuters) - O compromisso do governo dos Estados Unidos de dissuasão contra a Coreia do Norte é apoiado por toda a gama de suas capacidades, incluindo a nuclear, disse o presidente do país, Joe Biden, ao seu colega sul-coreano, Yoon Suk Yeol, durante encontro nesta quinta-feira nos bastidores de uma reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Os dois líderes também autorizaram uma diretriz para estabelecer um sistema integrado de dissuasão voltado à península da Coreia para combater ameaças nucleares e militares da Coreia do Norte, afirmou o gabinete de Yoon.
A diretriz formaliza a implantação de recursos nucleares dos EUA na península coreana e em seus arredores para dissuadir e responder a possíveis ataques nucleares do Norte, disse Kim Tae-hyo, vice-secretário de Segurança Nacional de Yoon, em entrevista coletiva em Washington.
'Significa que as armas nucleares dos EUA estão sendo especificamente destacadas para missões na Península da Coreia', afirmou Kim.
Mais cedo, Biden e Yoon emitiram comunicado conjunto e reafirmaram a coordenação próxima contra a ameaça nuclear da Coreia do Norte.
'Os presidentes reafirmaram seus compromissos na Declaração EUA-Coreia de Washington, e salientaram que qualquer ataque da Coreia do Norte contra o Sul terá uma resposta rápida, esmagadora e decisiva', disse.
A Coreia do Norte tem abertamente avançado em sua política de armas nucleares, codificando a sua utilização em caso de ameaça contra o seu território e consagrando, no ano passado, o avanço de sua capacidade nuclear na Constituição.
No início deste ano, ela designou a Coreia do Sul como seu 'inimigo primário' e prometeu aniquilar o vizinho por conspirar com os Estados Unidos para travar uma guerra contra ela, em uma reversão dramática das aberturas de paz em 2018.
Tanto Seul quanto Washington negam qualquer intenção agressiva contra Pyongyang, mas dizem que estão totalmente preparados para combater qualquer agressão do Norte e intensificaram os exercícios militares conjuntos nos últimos meses.
(Reportagem de Brendan O'Brien e Ismail Shakil em Washington, e Jack Kim em Seul)
Escrito por Reuters
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