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EUA tentam melhorar reputação com novas metas contra a mudança climática antes de cúpula

Placeholder - loading - Presidente dos EUA, Joe Biden, e enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, durante cerimônia na Casa Branca 27/01/2021 REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos EUA, Joe Biden, e enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, durante cerimônia na Casa Branca 27/01/2021 REUTERS/Kevin Lamarque

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Por Valerie Volcovici e Kate Abnett

WASHINGTON/BRUXELAS (Reuters) - Os Estados Unidos esperam recuperar sua credibilidade esfarrapada quando sediarem uma cúpula sobre a mudança climática na semana que vem, prometendo reduzir suas emissões de gases de efeito estufa ao menos pela metade e obtendo acordos de aliados para reduções mais rápidas, de acordo com duas fontes a par do assunto.

Uma redução de 50% até 2030 em relação aos níveis de 2005 é o nível mínimo que grupos ambientais, centenas de empresas e parlamentares da União Europeia pedem. Seria o primeiro aprimoramento da meta climática dos EUA desde 2015, quando o ex-presidente Barack Obama chancelou com uma redução de 26% a 28% até 2025.

Washington também estava perto de firmar acordos com os governos do Japão, Coreia do Sul e Canadá para acelerar suas metas de descarbonização, disseram as duas fontes. Não ficou claro de imediato se estas nações farão anúncios no evento, e seus representantes não comentaram os debates.

As apostas para a reunião são altas. Líderes de cerca de 40 países, incluindo China, Índia, Brasil e Rússia, foram convidados com a esperança de que dupliquem compromissos anteriores de reduzir as emissões que causam o aquecimento global.

Até agora, os compromissos internacionais com a descarbonização só diminuiriam 1% das emissões globais até 2030 na comparação com os níveis de 2010 – uma fração do que os cientistas dizem ser necessário para evitar os piores impactos da mudança climática.

A cúpula virtual de 22 e 23 de abril, que começa no Dia da Terra, será uma oportunidade para o presidente norte-americano, Joe Biden, reivindicar a liderança de seu país nos esforços climáticos globais depois de quatro anos durante os quais seu antecessor, o republicano Donald Trump, minimizou a questão para apoiar os setores do petróleo e do carvão.

John Kerry, o enviado climático de Biden, passou os últimos meses em incontáveis conversas no aplicativo Zoom e em uma turnê mundial, que terminou nesta semana na China e na Coreia do Sul, para persuadir países a aproveitarem a cúpula da próxima semana para aumentar seus compromissos para proteger o planeta.

O governo Biden está assentando os alicerces de sua nova meta e anunciou um pacote de infraestrutura de 2 trilhões de dólares para ampliar a energia e o transporte ecológicos.

No ano passado, a UE concordou em reduzir suas emissões em ao menos 55% até 2030 em relação aos níveis de 1990 – atualmente a meta mais ambiciosa entre os grandes poluentes.

(Por Valerie Volcovici em Washington e Kate Abnett em Bruxelas; reportagem adicional de Neha Arora e Sanjeev Miglani em Nova Délhi, Thomas Balmforth em Moscou, Tony Munroe em Pequim, Jake Spring em Brasília e David Ljunggren em Ottawa)

Escrito por Reuters

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