EUA vão acabar com financiamento de vacinas infantis nos países mais pobres, mostra documento
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Por Jennifer Rigby
WASHINGTON/PARIS (Reuters) - O governo do presidente Donald Trump planeja acabar com o financiamento dos EUA para a Gavi, uma organização que ajuda na compra de vacinas para crianças em países pobres, e reduzirá os esforços de combate à malária, entre milhares de cortes revelados em um documento preparado pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional.
O governo continuará a financiar alguns subsídios que pagam por medicamentos que tratam o HIV e a tuberculose e fornecem ajuda alimentar a nações onde ocorrem guerras civis e desastres naturais, de acordo com o documento, relatado pela primeira vez pelo New York Times.
Analisado pela Reuters nesta quarta-feira, o documento lista os programas de ajuda internacional que serão desmantelados e aqueles que serão mantidos.
Washington reduziu drasticamente a ajuda externa desde que Trump assumiu o cargo, com cerca de 80% dos contratos cortados abruptamente para se alinhar à política 'America First' do novo governo.
O documento de 281 páginas lista 898 programas que permanecerão ativos, totalizando US$78 bilhões em gastos -- grande parte dos quais, segundo o documento, já foi desembolsada.
O governo dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A Gavi disse que o apoio dos EUA às suas operações é 'vital'.
'Com o apoio dos EUA, podemos salvar mais de 8 milhões de vidas nos próximos 5 anos e dar a milhões de crianças uma chance melhor de ter um futuro saudável e próspero', disse, em um comunicado no X.
(Reportagem de Brendan O'Brien em Chicago, Ahmed Aboulenein e Daphne Psaledakis em Washington, Jennifer Rigby em Paris e Michelle Nichols nas Nações Unidas)
Escrito por Reuters