Ex-assessor de Flávio Bolsonaro diz ao SBT que movimentação atípica vem de seus negócios
Publicada em
Atualizada em
(Reuters) - Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista ao SBT que entre suas atividades está a de revenda de carros, após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar 'movimentação atípica' de mais de 1,2 milhão de reais do ex-assessor.
'Eu sou um cara de negócios, eu faço dinheiro, compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro, eu sempre fui assim, gosto muito de comprar carro de seguradora, na minha época lá atrás, comprava um carrinho, mandava arrumar, revendia', afirmou na entrevista ao SBT divulgada nesta quarta-feira.
Ele disse que ganhava cerca de 10 mil reais por mês quando fazia assessoria a Flávio Bolsonaro e que seus rendimentos mensais eram de cerca de 24 mil reais, incluindo remuneração como policial.
Queiroz faltou duas vezes em depoimento marcado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para explicar os rendimentos.
Na sexta-feira, Flávio Bolsonaro foi chamado para prestar esclarecimentos após Queiroz ter alegado problemas de saúde pela segunda vez para não comparecer a depoimento para explicar movimentação atípica de mais de 1,2 milhão de reais entre 2016 e 2017 identificada pelo Coaf.
De acordo com o relatório do Coaf, entre a movimentação suspeita de Queiroz de 1,2 milhão de reais estão depósitos à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O presidente eleito já justificou os depósitos afirmando que eram pagamentos de um empréstimo que havia feito a Queiroz, e disse que se tiver errado por não ter registrado a operação na declaração do Imposto de Renda irá reparar o erro.
Na semana passada, ao ser questionado por jornalistas, Flávio Bolsonaro disse ter conversado recentemente com Queiroz e ouvido do ex-assessor como justificativa para a movimentação financeira que ele tinha gerido recursos da família no período apontado pelo Coaf.
Escrito por Thomson Reuters
SALA DE BATE PAPO