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Explosões perto de túmulo de comandante da Guarda Iraniana deixam mais de 100 mortos durante cerimônia

Placeholder - loading - Iraniano segura foto de Qassem Soleimani em Teerã  4/1/2020   Nazanin Tabatabaee/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS
Iraniano segura foto de Qassem Soleimani em Teerã 4/1/2020 Nazanin Tabatabaee/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS

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Por Parisa Hafezi

DUBAI (Reuters) - Duas explosões causadas por 'ataques terroristas' mataram mais de 100 pessoas e feriram dezenas em um cemitério no Irã, onde estava sendo realizada uma cerimônia para marcar a morte, em 2020, do comandante Qassem Soleimani, em um ataque de drone dos Estados Unidos, informaram autoridades iranianas nesta quarta-feira.

A televisão estatal iraniana relatou uma primeira e depois segunda explosão durante um evento no cemitério onde Soleimani está enterrado na cidade de Kerman, no sudeste do país.

Uma autoridade não identificada disse à agência de notícias estatal Irna que “dois dispositivos explosivos plantados ao longo da via que leva ao Cemitério dos Mártires de Kerman foram detonados remotamente por terroristas”.

Babak Yektaparast, porta-voz dos serviços de emergência do Irã, declarou à mídia que 73 pessoas morreram e 170 ficaram feridas. A televisão estatal disse mais tarde que pelo menos 100 pessoas foram mortas.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques.

Vídeos transmitidos pela mídia iraniana mostraram dezenas de corpos espalhados, com alguns transeuntes tentando atender os sobreviventes e outros correndo para deixar a área da explosão.

'Um som terrível foi ouvido lá, apesar de todas as medidas de segurança. Ainda estamos investigando', disse Reza Fallah, chefe da Sociedade do Crescente Vermelho de Kerman, à televisão estatal.

Socorristas do Crescente Vermelho atenderam os feridos na cerimônia, onde centenas de iranianos se reuniram para marcar o aniversário da morte de Soleimani.

'Nossas equipes de resposta rápida estão retirando os feridos... Mas há multidões bloqueando as vias', afirmou Reza Fallah.

O assassinato de Soleimani pelos EUA em um ataque de drones no aeroporto de Bagdá e a retaliação de Teerã ao atacar duas bases militares do Iraque que abrigam tropas dos EUA colocaram os Estados Unidos e o Irã perto de um conflito total em 2020.

Como comandante-chefe da força de elite Quds, o braço ultramarino da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), Soleimani dirigiu operações clandestinas em países estrangeiros e foi uma figura-chave na campanha de longa data do Irã para expulsar as forças dos EUA do Oriente Médio.

Escrito por Reuters

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