FDA ainda não encontrou evidências que ligam remédios de emagrecimento a pensamentos suicidas

Por Bhanvi Satija e Mariam Sunny

(Reuters) - A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) disse nesta quinta-feira que sua análise preliminar não encontrou evidências de que remédios de emagrecimento, como o Wegovy da Novo Nordisk, estejam relacionados a pensamentos suicidas e que a agência continuará estudando a questão.

Ainda assim, a FDA, que havia listado pensamentos suicidas como um potencial sinal de segurança para esses remédios, disse que não pode descartar definitivamente a possibilidade de existir um pequeno risco devido aos dados limitados disponíveis.

O Wegovy e o Zepbound, da Eli Lilly's, pertencem a um grupo de remédios conhecidos como agonistas de GLP-1, originalmente fabricados para combater diabetes tipo 2. Além de ajudar a controlar os níveis de açúcar do sangue, eles provocam uma sensação de saciedade.

A noção de alertas sobre ideias suicidas em tratamentos de perda de peso vem de estudos mais antigos de medicamentos que funcionavam de maneira diferente dos de GLP-1, disse o dr. Robert Kushner, da Escola de Medicina Feinberg da Universidade de Northwestern.

“É como um efeito legado que agora é aplicado em todos os medicamentos para obesidade”, disse Kushner.

Um grande estudo dos EUA não encontrou evidências semana passada que tomar Ozempic, da Novo Nordisk, ou Wegovy tem relação com mais pensamentos suicidas.

(Reportagem de Manas Mishra, Mariam Sunny e Bhanvi Satija em Bengaluru)