Forças Armadas tiveram 50 mil casos de Covid e ao menos 88 mortes entre militares da ativa
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Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O Diário Oficial da União publicou nesta terça-feira a vacância do cargo de Chefe do Centro Conjunto de Operações Aéreas do Comando de Operações Aeroespaciais pelo falecimento do titular, o brigadeiro-do-ar Marcial Antonio Marques Fernandes, mais um a integrar a lista de 88 militares mortos até agora pela Covid-19 nas três forças, em um total de 50.616 casos.
Procurada, a Aeronáutica não respondeu ao pedido de informações da Reuters, mas a causa da morte de Fernandes pode ser confirmada em sua página no Facebook e em uma nota de falecimento da Associação de Defensores Públicos do Mato Grosso do Sul --a mãe do brigadeiro é defensora pública no Estado.
Fernandes morreu no dia 23 de março, mas o decreto de vacância foi publicado pela Presidência da República apenas nesta terça, um dia depois do aniversário do brigadeiro, que teria completado 52 anos.
De acordo com dados obtidos através da Lei de Acessso à Informação (LAI), as Forças Armadas já registraram, até 5 de abril deste ano, 50.616 casos de Covid-19 entre militares da ativa, e 88 mortes.
Um outro pedido via LAI mostra que o número de mortes entre os militares da reserva é maior: até o final de janeiro já tinham sido registradas 991.
O maior número de mortes foi registrada no Rio de Janeiro, 33, seguida de 10 no Amazonas e 9 no Distrito Federal.
Também em março deste ano, um sargento do Exército, ajudante de ordens do gabinete da Presidência e que trabalhava próximo ao presidente Jair Bolsonaro, morreu de Covid-19. Assim como no caso do brigadeiro Fernandes, a informação foi publicada no Diário Oficial como vacância de posto.
Escrito por Reuters
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